A Prefeitura de Londrina ainda não sabe o que vai fazer em relação às quatro ocupações da zona norte da cidade. Uma delas fica localizada em um terreno particular do jardim São Jorge. Outras duas - já fundidas - ocupam todo o fundo de vale dos bairros Maria Cecília, Aquiles stenghel e Primavera. A quarta está instalada em área pública localizada na divisa dos conjuntos Semiramis e João Paz.
Pelo menos 600 famílias moram nos locais. Elas instalaram barracos e garantem que não vão sair. O município estuda pedir reintegração de posse de algumas delas, mas faz mistério quando questionado sobre prazos. "O que falta é esclarecimento. Existe desconhecimento da metodologia da Companhia de Habitação. Pessoas desinformadas estão criando expectativas que não são verdadeiras. Tocando o sonho de pessoas que precisam de uma casa, mas dirigindo caminhos que não vão dar em nada. Uma invasão não vai gerar privilégios", argumentou o prefeito Alexandre Kireeff (PSD), em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (4), dando a entender que existe uma possível ação orquestrada por trás das ocupações.
Questionado se também há manobra política, o prefeito desconversou. "Precisamos tornar os processos bem evidentes. A Cohab precisa orientar as famílias sobre a política do programa 'Minha Casa, Minha Vida'. É importante que as pessoas tenham a consciência de que aquilo que já funcionou no passado não se encaixa ao que é estabelecido pela iniciativa federal", destacou.
No último ano, 500 casas populares foram entregues a famílias carentes. A atual administração dá, ainda, andamento à construção de mais 1,4 mil unidades e prepara, também, a oferta de outras mil moradias aos cadastrados na Cohab.