O Secretaria Municipal de Saúde fechou acordo com dois institutos locais para gerenciamento temporário dos serviços do Samu, Programa Saúde da Família (PSF) e Policlínicas. O Instituto Galatas vai ficar com o PSF. O Instituto Atlântico vai coordenador os trabalhos no Samu, Sistema de Internação Domiciliar (SID) e Policlínicas.
Os problemas com o Ciap começaram no primeiro semestre do ano com a prisão de 21 pessoas. Foram apurados desvios na ordem de R$ 300 milhões de recursos federais. Posteriormente, a Justiça determinou a intervenção judicial na oscip. Na sequência, os funcionários passaram a ter problemas com atraso nos salários e benefícios.
Os contratos com os novos institutos são válidos por seis meses. O Galatas vai receber R$ 1,3 milhão por mês. O Atlântico, R$ 809 mil. "Houve uma indicação por parte do Conselho (Municipal de Saúde) indicando o Galatas. Eles tomaram a iniciativa. O nome foi levado para votação do Conselho e confirmado unanimamente", afirmou o secretário Agajan Der Bedrossian.
As duas instituições têm membros do Ciap no quadro, mas Der Bedrossian procurou não polemizar. "Não temos nenhum tipo de conhecimento, não contatamos ninguém. Eles apresentaram todos os documentos exigidos pela Secretaria de Gestão Pública. Foi tudo legal, passou pelo crivo (do Conselho) e isso não muda em absolutamente nada", disse.
A secretaria começa a trabalhar na reestruturação de todos os programas. Uma possibilidade é municipalizar o Samu, PSF e Policlínicas.
Os Institutos Galatas e Atlântico começam a operar os serviços nesta quinta-feira (9).