Os longos períodos de estiagem trazem diversos problemas para a população. Os principais são o aumento no registro de queimadas, que prejudicam o meio ambiente e o agravamento das doenças respiratórias.
Nos últimos meses, o Norte do Paraná sofre com a falta de chuva. São 45 dias sem precipitações, deixando a umidade do ar abaixo do ideal. Nesta condição, os incêndios ambientais tornam-se frequentes na região. Desde o começo do ano já foram registradas 460 ocorrências nas cidades de Cambé, Ibiporã e Londrina, o que representa 194 casos a mais do que no mesmo período do ano passado.
De acordo com o Capitão Rodrigo Costa, do Corpo de Bombeiros de Londrina, na maioria das vezes a causa desse problema é por negligência humana, como a queima de lixo, "limpeza" de terreno e bitucas de cigarros. "O tempo seco apenas potencializa as queimadas e espalham o fogo, causando problemas para a população, danos patrimoniais, ambientais e nas lavouras. É preciso ter consciência e sempre denunciar" explicou.
Além disso, as doenças respiratórias também se agravam com o ar poluído das queimadas. A pneumologista do Hospital do Coração, Janne Takahara, explica que partículas geradas a partir da combustão ficam suspensas no ar e podem piorar os sintomas de quem já tem alguma doença. "A baixa umidade e as queimadas causam falta de ar, tosse, intoxicação e alergia" completou.
Além de visitar os consultórios médicos com mais frequência, a pneumologista ainda dá algumas dicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes durante os períodos mais secos. "Deixar de varrer a casa e usar pano úmido e aspirador de pó, beber muita água, não fazer atividade física entre as 10h e 16h, usar soro fisiológico e umidificador de ambiente" indicou.
O HU (Hospital Universitário), de Londrina, teve o número de internações elevado de pacientes com doenças respiratórias. No período de 24 de maio até 23 de julho, foram 273 internações, sendo a maioria delas de crianças com até 11 anos. Os principais diagnósticos são de pneumonia, resfriado, asma, bronquite, sinusite, rinite, faringite, amidalite.
*Sob a supervisão do editor on-line Rafael Fantin