Londrina gasta por ano R$ 4,3 milhões no socorro a vítimas de violência e acidentes. As informações estão na pesquisa "Internações por acidentes e violências financiadas pelo setor público em Londrina, Paraná: análise dos registros, gastos e causas", da médica Maria Fátima Tomimatsu, que é servidora da Diretoria de Avaliação, Controle e Auditoria (DACA), da Secretaria de Saúde.
Especialista em Gestão de Serviços de Sistemas de Saúde, pela Escola Nacional de Saúde Pública, Maria Fátima pesquisou estes dados para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Segundo a médica, os dados da pesquisa são de seis hospitais de Londrina. A pesquisadora trabalhou com informações das internações realizadas no ano de 2004, quando revisou quase 50 mil laudos médicos, além de mais de seis mil atendimentos feitos pelo SIATE e outras centenas de declarações de óbitos.
Na análise do perfil epidemiológico, os resultados mais relevantes foram: os acidentes de transportes foram as principais causas externas de internações, sendo mais freqüente no sexo masculino e na faixa etária de 20 a 29 anos; os acidentes por quedas foram outra grande causa de internações, sendo mais freqüente na população com idade acima de 50 anos e abaixo de nove anos; cerca de 25% dos pacientes internados em Londrina eram residentes em outros municípios; no ano, ocorreram 121 óbitos entre os pacientes internados, representando 3,3% do total, e a faixa etária com maior risco de morte foi a dos maiores de 60 anos.
Outra constatação da pesquisa é que a cobertura do SIH do SUS sobre acidentes e violência é de cerca de 75%, ou seja, alguns acidentes escapam das estatísticas.
Informações da Prefeitura de Londrina