Londrina

Esquema de exploração sexual teria atingido ao menos 14 meninas em Londrina

04 fev 2015 às 17:25

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) finaliza, nesta semana, o terceiro inquérito relacionado ao esquema de exploração sexual de menores descoberto em Londrina no dia 13 de janeiro, quando o auditor da Receita Estadual, Luiz Antônio de Souza, foi preso em um motel da região sul da cidade na companhia de uma adolescente de 15 anos. Também é suspeito de participar do esquema o fotógrafo e ex-assessor do Governo do Paraná, Marcelo Caramori, detido pelo Gaeco na última quinta-feira (29). De acordo com as investigações, ao menos 14 adolescentes mantiveram relações sexuais com os dois suspeitos. "Onze com o Luiz Antônio e três com o Marcelo", detalhou o delegado do Gaeco, Hernandes Cezar Alves, em entrevista ao Bonde nesta quarta-feira (4).

O Gaeco também já identificou quatro jovens que intermediavam o programa entre as adolescentes e os acusados. Uma delas, identificada como Carla de Jesus, de 19 anos, é irmã da menor encontrada com o auditor fiscal no motel no dia 13 de janeiro. Ela estava no local e também foi detida pelo Gaeco. "As outras três agenciadoras estão cooperando com as investigações e, por isso, estão tendo os nomes mantidos em sigilo", explicou Alves.


O delegado do Gaeco adiantou, ainda, que há indícios de que outras pessoas participavam do esquema de exploração sexual, mas desconversou quando questionado se a prática criminal fazia parte de uma rede maior de prostituição. "Ainda é muito cedo para falar. Estamos investigando".


Alves disse, ainda, não saber se outras pessoas envolvidas no esquema serão presas nos próximos dias. "Estou focado em um inquérito em que os suspeitos já estão detidos".

O auditor fiscal já foi indiciado pelo Gaeco por exploração sexual e estupro de vulnerável. Os dois casos foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público (MP).


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