Representantes das entidades integrantes do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina reuniram-se, na última terça-feira (8), para apresentação do levantamento que irá direcionar as políticas de auxílio aos setores afetados pela pandemia do novo Coronavírus. Foram debatidas também as propostas iniciais do Plano de Retomada Econômica, contratado pela Prefeitura de Londrina junto ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O prefeito Marcelo Belinati estabeleceu como essencial o expertise das entidades ligadas ao setor produtivo para a alavancagem do apoio estratégico à economia.
Segundo o consultor do Sebrae Londrina, Sérgio Ozório, a equipe responsável pela elaboração do Plano de Retomada conduziu, durante os últimos dois meses, três pesquisas que forneceram um panorama detalhado sobre as consequências da Covid-19 para a cidade. "Foram analisadas informações secundárias sobre os indicadores econômicos e os impactos da pandemia para as finanças públicas. Além disso, realizamos, também, uma pesquisa primária com 829 empresas da cidade, que buscou entender como as companhias locais foram afetadas durante os últimos meses”, explicou.
Com base no estudo, foi elaborada uma série de 16 propostas para a recuperação econômica do município, incluindo: fomento do empreendedorismo, com o objetivo de combater o desemprego; incentivo ao fornecimento e compras locais, realizados entre companhias londrinenses, através do modelo B2B (business-to-business); estímulo à participação de micro e pequenas empresas londrinenses nas licitações da Prefeitura, através do programa Compra Londrina; transformação digital dos negócios locais, com vistas à adaptação para contextos de distanciamento social; e modernização dos estabelecimentos do comércio varejista.
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A partir de janeiro, uma força-tarefa composta pelas entidades integrantes do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial iniciará a implementação dessas ações. Grupos de trabalho serão formados para a execução de cada proposta, incluindo, além das instituições integrantes da força-tarefa, outras organizações pertencentes às áreas de atividade contempladas pelo plano.
O diretor-presidente do Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Bruno Ubiratan, ressaltou a importância da colaboração entre entidades públicas e da sociedade civil para a retomada econômica de Londrina. "Através dessa união de forças entre diferentes setores, teremos uma visão global que nos permitirá traçar melhor as estratégias para superar, de maneira mais veloz e eficiente, este momento delicado que enfrentamos”, destacou.
Já o gerente da regional norte do Sebrae, Fabrício Bianchi, frisou que o Plano terá como foco tanto ações que já estão sendo realizadas quanto novas iniciativas necessárias ao desenvolvimento da cidade. "Em primeiro lugar, queremos reforçar os bons projetos que já estão acontecendo, expandindo essas iniciativas e dando mais visibilidade a elas. Com base no que foi colocado, vamos discutir, também, políticas futuras relativas a temas essenciais para Londrina. Tudo isso só está sendo possível graças à forte articulação entre os órgãos públicos e as entidades da sociedade civil londrinense, que trabalham de forma integrada e ágil”, disse.