Prevista para ser entregue nesta quarta-feira (6), após três aditivos de prazo, a revitalização do Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon, no centro de Londrina, ainda não está pronta. Na segunda-feira (4), antevéspera da finalização, a empresa responsável pelos trabalhos, com sede em Pedrinhas Paulistas, São Paulo, pediu à prefeitura mais 17 dias para concluir as intervenções previstas em projeto.
No documento que a FOLHA teve acesso, a construtora justifica a solicitação em razão do furto de ferramentas e materiais, a greve dos caminhoneiros de setembro, que teriam atrasado a entrega de cimento, e as chuvas. Segundo o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, o município ainda está apreciando o pedido. “Evidentemente que a possibilidade da empresa ser penalizada é muito grande. Os engenheiros da secretaria de Obras estão avaliando junto com o gestor do contrato (a solicitação).”
A ordem de serviço foi assinada em fevereiro deste ano, com previsão inicial de término em julho. As melhorias estão custando cerca de R$ 2,9 milhões aos cofres da prefeitura. Medição da segunda quinzena de setembro indicou aproximadamente 80% de execução naquele mês. Enquanto a data de entrega da reforma ainda é incerta, quem passa pelo lugar já aponta algumas imperfeições no que foi feito, principalmente o novo piso.
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“A obra do bosque é de suma importância e disso ninguém tem dúvidas, dado o estado que estava. No entanto, a impressão que dá é que esse piso de concreto foi todo remendado. Parece uma colcha de retalhos, com piso de um jeito num lugar, no outro com erros, partes quebradas”, criticou o aposentado Sérgio Ribeiro Santana.
A reportagem andou pelo bosque e também constatou o que foi apontado pelos entrevistados, com problemas visíveis em partes que já foram executadas. No cruzamento da rua Piauí com a avenida Rio de Janeiro, por exemplo, a faixa elevada para pedestres já apresenta falhas na entrada e saída dos veículos. No lado oposto, na avenida São Paulo, a calçada tem rachaduras.
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