Londrina

Em quatro anos, GM atendeu 64 ocorrências de pichação em Londrina

02 mar 2023 às 08:22

Na área central de Londrina, a rua São Luiz foi tomada pela pichação. É difícil encontrar um muro ou fachada de comércio que ainda não tenha sido rabiscada. Nem mesmo o templo budista, que tem uma frase pedindo para que não haja vandalismo, escapou da ação de pichadores, que têm agido durante a noite e a madrugada. “O fato de estar invadindo nosso estabelecimento, o muro da nossa casa, tem nos prejudicado. Não só visualmente, mas também financeiramente e até o emocional”, relatou um empresário que atua no local e que preferiu não ser identificado.


Entre 2019 e começo desse ano, a GM (Guarda Municipal) atendeu 64 ocorrências envolvendo pichação. Foram 46 em prédios públicos e outras 18 em imóveis particulares. Em 12 situações, houve prisões em flagrante, com 20 detidos sendo encaminhados à delegacia. Dois deles na semana passada. Homem e mulher foram vistos pelas câmeras da corporação escrevendo nas paredes da Praça da Juventude da Zona Norte e uma equipe chegou no local antes que fugissem.


“O problema da pichação em Londrina vem se agravando a cada ano. Encaminhamos duas dezenas de pessoas à autoridade policial, mas em razão da legislação, acaba havendo um descrédito. Há uma transação penal e, na maioria das vezes, no caso dos particulares, se a pessoa não aparece, já que depende de representação, acaba extinguindo o processo”, alertou o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos. A fiscalização por parte da guarda é feita por meio de viaturas nas ruas e câmeras de videomonitoramento.


Uma lei municipal prevê punição para pichadores, com multa de R$ 5 mil. No Brasil, a legislação federal considera a pichação um crime ambiental, com pena que varia de três meses a um ano de prisão. No entanto, raramente os vândalos ficam detidos. “A própria legislação prevê uma negociação inicial para que não haja processo e, mesmo havendo (processo), posteriormente o resultado é uma transação penal. A legislação hoje é muito branda e isso acaba gerando uma sensação de impunidade”, destacou


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