A Organização das Nações Unidas (ONU) estipula o número de um bombeiro para cada mil habitantes. Como Londrina tem cerca de 500 mil moradores, precisaria contar, em tese, com 500 agentes. O número real, no entanto, está longe do ideal. Atualmente, o 3.º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Londrina conta com 140 servidores. A defasagem gira em torno dos 72%.
No temporal do último dia 22, a corporação teve dificuldades para atender todas as ocorrências. Os bombeiros precisaram fazer horas extras. Muitos entraram às 8h e só deixaram o quartel meia-noite. Servidores do setor administrativo também precisaram ir para as ruas. "Isso acontece só em situações emergenciais", garantiu o relações públicas dos bombeiros em Londrina, major Luiz Alberto Bueno, em entrevista à rádio CBN Londrina.
O quartel londrinense recebe de dois a três novos bombeiros por ano. E grande parte deles vem para substituir funcionários que vão se aposentar. Enquanto o Governo do Estado investe na contratação de novos servidores para as polícias Civil e Militar - foram mais de mil desde 2010 - os grupamentos dos bombeiros de todo o Paraná sofrem com a falta de efetivo. Bueno contou que novos soldados estão sendo formados atualmente. Pelo menos 25 deles serão enviados para cidades do interior. "Mas ainda não sabemos quantos virão para Londrina. E também não há previsão de quando isso vai acontecer", adiantou.
O major admitiu que o quartel sofre com o pouco pessoal, mas lembrou que a estrutura física passou por reformas nos últimos anos. O quartel da rua Tietê, na vila Nova, teve as salas ampliadas. A prefeitura também investiu dinheiro na aquisição de novos veículos.