Londrina

Com arrombamentos, furtos e pichações, bibliotecas estão na mira dos vândalos

07 nov 2017 às 08:16

Nem espaços públicos como bibliotecas estão livres dos ataques de vandalismo. Só na Biblioteca Municipal Eugênia Monfranati, localizada no Centro Cultural da Região Sul, foram nove visitas indesejadas. No alvo dos larápios, ventiladores e monitores de computador, por exemplo.

Moradora do conjunto União da Vitória II e usuária de serviços oferecidos pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), a recicladora Irani da Silva, 49 anos, fica indignada. "É um pecado mexer com a gente. Aqui somos muito bem atendidos, todas as meninas nos tratam bem e é o tipo de serviço público que tem que ser preservado e respeitado", reflete. "Pediram até para a gente assinar um abaixo-assinado pedindo por segurança, porque estava correndo um boato que tinha o risco de fechar, pois a até a televisão foi furtada", surpreende-se.


Na região oeste, a Biblioteca do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) também sofre com furtos. Localizada na rua Angelo Gaioto, no Santa Rita 1, é considerada pelos moradores da região um lugar importante e que deve ser protegido. "Acaba prejudicando todo mundo", diz o estudante do Ensino Médio Henrique Elias da Silva, 14 anos. Moradora do Jardim Tóquio, Daniela Alves, 29 anos, soube do arrombamento na unidade e se diz perplexa. "É inacreditável". O aposentado José Odair, 63 anos, entra no coro para pedir segurança. "Nem a casa dos livros escapa da violência." Morador do Jardim Maria Lúcia, desabafa: "Um lugar que só ajuda as pessoas e os caras que fazem isso não estão nem aí. É difícil. Lá em casa é na base da cerca, do portão eletrônico e ainda assim a gente não se sente 100%. É triste".


E não para por aí, na Biblioteca Pública Municipal, Pedro Viriato Parigot de Souza, situada na Avenida Rio de Janeiro, também houve invasão. Furtaram uma furadeira usada para restaurações.


Secretaria de Defesa de olho

De acordo com o Secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki, a vigilância é contínua. "Dentro de pouco tempo, passará a funcionar nas proximidades a Escola da Polícia Militar e isso irá colaborar para inibir esse tipo de prática. Além disso, há monitoramento e policiamento ostensivo, além de contarmos com a colaboração da população, que reconhece a importâncias desses espaços." Kuceki também destaca melhorias. "A Creche Water Okano teve o problema dos frequentes arrombamentos com a chegada de mais uma câmera de segurança."


População pede mais respeito


De acordo com a Secretária de Ação Social, do Idoso e de Políticas para Mulheres, Nádia Moura, todos os cuidados são tomados para prevenção. "Fazemos um trabalho de sensibilização e a comunidade sabe que esses são espaços de múltiplo uso e todos - comunidade e servidores - ficamos tristes com esse tipo de fato. Fazemos os boletins de ocorrência e contamos com todo o apoio da Guarda Municipal para que situações assim sejam evitadas."

Moura explica ainda que só na unidade do Centro Cultural da Região Sul, são atendidas 700 famílias por mês. "Graças ao trabalho desenvolvido pela Coordenação da Unidade, temos alcançado resultados muito positivos com a comunidade que zela pelo espaço, respeita o trabalho que é feito e tem muito carinho com os servidores. Trata-se de um trabalho humanizado, reconhecido e graças a um investimento em pessoal a população está satisfeita e esse tipo de ação deixa a comunidade entristecida, também."


Continue lendo