Menos de duas semanas após o registro da queda de 25 árvores, devido ao temporal que atingiu Londrina, a chuva voltou a causar novos estragos em, pelo menos, duas regiões da cidade. O balanço da Defesa Civil aponta que até a tarde desta terça (18) foram registradas 17 ocorrências em toda as regiões, sendo nove quedas de árvores, deslizamentos de terra, inundação, danos estruturais e alagamento. A região mais afetada, de acordo com o levantamento do órgão, é a oeste - seis ocorrências.
Na rua Professor Joaquim de Matos Barreto, em frente ao aterro do Lago Igapó, na zona sul, a água invadiu casas e inundou um veículo.
"O que adianta revitalizar o aterro, se não arrumarem uma solução para essa situação?", reclama uma moradora que vive há 20 anos no bairro Jardim Maringá. Ela preferiu não se identificar.
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Na casa de Nilza Araújo Frei, a lama invadiu o quintal e a água subiu pouco mais de um metro. "Vou passar a manhã toda nessa imundice. Na primeira vez que isso aconteceu, há uns 15 anos, eu perdi tudo do meu escritório que fica no cômodo ao lado da garagem. Foi computador, papeis, tudo", desabafou.
No bairro Colina Verde, o barro tomou conta da rua das açucenas. A casa em frente a um terreno vazio foi invadida pela sujeira. “Tem barro do quintal até a cozinha. O difícil é se voltar a chover forte”, disse uma moça, que trabalha como faxineira na residência.
Um funcionário de uma construtora que possui uma obra nas proximidades contou à reportagem que a água veio descendo da rua de cima, destruiu um muro que fica no terreno vazio e arrastou a lama até a rua das Açucenas.
Na Vila Industrial, zona oeste, equipes da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) faziam a limpeza do asfalto. Com a forte chuva, a parede de uma residência na rua Rudolph Diesel foi derrubada e a água arrastou todos os móveis da casa. A família estava bastante abalada nesta manhã e contou que só foi possível salvar os documentos.
Também na região oeste, uma árvore da espécie Sibipiruna, com mais de 10 metros de altura, foi arrancada pela raiz e interditou a rua do Atletismo. “Eu já tinha entrado com pedido de erradicação na Prefeitura há dois anos porque ela estava condenada, cheia de cupim. Com a chuva, não deu outra. Acabou caindo e atingiu parte do muro e do portão vizinho”, diz o morador Gilmar Antônio dos Santos.
O secretário de Defesa social e coordenador da Defesa Civil, Pedro Ramos, diz que esse tipo de fenômeno, com registro de grande volume de água em um curto período de tempo, é bastante comum nesta época do ano e orienta a população a comunicar a Defesa Civil através do 153 ou do 199. “Vamos realizando os atendimentos conforme vão surgindo as informações. É importante que a população nos comunique imediatamente qualquer situação de maior risco”, comenta.
Não há registro de vítimas, segundo a Defesa Civil.
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(ATUALIZADA ÀS 17H30)