Londrina

Após tratamento em hospital veterinário de Londrina, tamanduá bandeira é solto

14 jun 2024 às 17:46

A equipe do IAT (Instituto Água e Terra) soltou nesta semana, mais um tamanduá bandeira para reintegração à natureza. A fêmea adulta resgatada pelo Instituto permaneceu por três meses em tratamento e reabilitação no HV (Hospital Veterinário) da UniFil de Londrina, num trabalho conjunto das instituições pela preservação da fauna no Paraná.


A soltura do animal foi em uma ára de mata preservada, no mesmo local onde no início do ano um outro exemplar da espécie já havia sido solto.


O tamanduá  chegou no Hospital Veterinário no dia 5 de março com fraturas em pelve e no rabo, várias feridas extensas, escoriações e infecção por miíase. Estava desidratado e pesava 27 quilos quando foi encontrado caído em um terreno urbano no município de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro. O resgate mobilizou técnicos do IAT de Jacarezinho, Cornélio Procópio e Londrina.


A médica veterinária Daniela Martina, coordenadora do Hospital Veterinário da UniFil, relata que a tamanduá não levantava nem comia, precisou ficar 20 dias em repouso completo. "Superamos a dificuldade de alimentação em cativeiro ensinando a comer num pote. Foi uma tarefa de paciência e conquista de confiança. Deu certo e ela conseguiu recuperar peso e se fortalecer" - explica a profissional com especialização em animais silvestres. Ao voltar ao ambiente natural, a tamanduá chamada de Flor estava com 32 quilos. 


Daniela comenta também que a cicatrização dos ferimentos exigiu tratamento a laser, além do acompanhamento diário para curar as fraturas. "Depois teve o período de fisioterapia para recuperação dos movimentos e reabilitação total da tamanduá-bandeira. Durante todo o período tivemos a dedicação da equipe do HV e o suporte do IAT, o que contribuiu no salvamento do animal."


O resgate de animais silvestres devem ser feito apenas por equipes especializada


É importante as pessoas acionarem o IAT ou outros órgãos ambientais sempre que encontrarem animais silvestres. "Nunca devem tentar resgatar para evitar riscos de ataques ou causar danos à saúde do animal. É uma tarefa que exige profissional especializado. O resgate e a recuperação fortalecem a preservação e a diversidade de espécies na fauna do nosso estado", afirma a médica veterinária Daniela Martina.





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