Londrina

Após protesto na reitoria da UEL, trabalhadores assinam acordo para receber parcelado

09 out 2020 às 16:36

Os 22 trabalahdores da obra da nova Biblioteca Central da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aceitaram nesta sexta-feira (9) um acordo para pagamento parcelado dos salários atrasados, depois de um protesto na porta da reitoria da instituição no fim da manhã.


Segundo os trabalhadores, eles começaram os trabalhos em junho e tinham alojamento e alimentação bancadas pelo subempreiteiro, Gilvanildo Viana dos Santos. Entretanto, a partir do segundo mês, os salários passaram a ser pagos em atraso e o último não foi quitado. A alimentação e os alijamentos também seriam suspensos nesta semana.


Santos afirmou, na terça-feira (6), que não tinha condições de pagar seus funcionários porque seu contratante, a Akon Engenharia, não o teria pago, como já havia feito em relação a obras anteriores. Procurada no dia, a empresa só respondeu nesta sexta.


O advogado do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil), Jorge Custódio, afirmou que, após o protesto, a empresa propôs fazer pagamentos parcelados dos débitos pelos próximos cinco meses. Os trabalhadores receberão R$ 22 mil para dividir na próxima sexta-feira (16) e mais quatro parcelas de R$ 8.250. "Eles queriam o pagamento integral hoje (sexta, 6), mas a empresa alegou não ter caixa para quitar tudo”, disse.


Em comunicado oficial, a Akron disse que os trabalhadores são empregados da empreiteira de Gilvanildo Viana dos Santos, "que prestou serviços à Akon e teve seus pagamentos regularmente adimplidos”, mas que, no dia 23 de setembro, a empreiteira "paralisou suas atividades na obra deliberadamente”, o que teria motivado a "hostilidade dos seus empregados”.


A empresa de engenharia disse que tentou resolver a situação porque os trabalhadores estariam impedindo o acesso à obra e que, para solucionar a situação, fez uma proposta de pagamento aos trabalhadores.


A assessoria de imprensa da UEL informou que a instituição notificou a empresa sobre os possíveis sanções administrativas relacionadas ao contrato e ressaltou aos trabalhadores que todas as medições na obra e os respectivos repasses financeiros foram efetuados para a empresa.

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