Manifestantes londrinenses participam neste domingo (1º), de ato que pede a aprovação da PEC do Voto Impresso Auditável. Em Londrina, a manifestação teve início às 15 horas, no cruzamento da avenidas J.K. e Higienópolis, região central, e terminou duas horas depois, na Praça da Bandeira (localizada ao lado da Catedral). Na mesma data, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) organizaram mobilizações em diversos municípios brasileiros.
O manifesto em Londrina contou com um trio elétrico, onde lideranças e políticos subiram para discursar. Entre eles, o deputado federal londrinense Filipe Barros (PSL-PR), que atua como relator da Proposta de Emenda à Constituição 135/19, popularmente conhecida como a PEC do Voto Impresso Auditável.
"Todos nós queremos eleições transparentes. Essa é uma pauta do povo brasileiro. E se não houver pressão, essa matéria não será aprovada. O primeiro recado que as ruas estão dando hoje é que supremo é o povo. O que conta é a nossa população e não a ameaça do ministro do TSE”, afirmou o parlamentar.
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Os discursos foram interrompidos para que o presidente Jair Bolsonaro mandasse uma mensagem aos manifestantes por meio de uma ligação telefônica transmitida simultaneamente para diversas cidades onde os atos estavam sendo realizados.
Em Londrina, a maioria das pessoas que participou do ato usou máscara de proteção contra a Covid-19. Muitos participantes se cobriram com a bandeira do Brasil, que foi levantada na hora em que tocou o Hino Nacional, no encerramento da primeira parte do ato. Às 16h20, os manifestantes saíram em carreata pela Avenida Higienópolis rumo à Praça da Bandeira, onde a manifestação chegou ao fim.
Acompanhado da esposa Maria Lídia, o aposentado José Ribeiro dos Santos fez questão de expressar seu apoio à PEC do Voto Impresso Auditável. "É um direito nosso poder conferir se o voto foi devidamente computado aos candidatos que a gente escolheu na urna. Precisamos ter certeza de que não haverá nenhum tipo de fraude a partir de 2022", enfatizou.
"Só poderemos confiar plenamente nas eleições a partir do momento em que nosso voto puder ser auditável. Por isso estou aqui apoiando esse projeto", afirmou uma manifestante que preferiu não se identificar.
A adesão aos atos ganhou força nessa semana após Bolsonaro apontar em uma live o que ele considerou serem indícios de que a urna eletrônica pode ter seu sistema fraudado. Apesar da desconfiança do presidente, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem usado as redes sociais para defender a confiabilidade do sistema eletrônico de votação, utilizado no País há 25 anos.
A PEC do Voto Impresso Auditável está em tramitação na comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar o assunto. A expectativa é de que a votação do projeto aconteça na próxima quinta-feira (5).