O juiz Luiz Eduardo Asperti Nardi indeferiu nesta quarta-feira (3) pedido feito pelo vereador Amauri Cardoso (PSDB) para que o deputado federal Emerson Petriv (Pros), o Boca Aberta, seja proibido de chegar perto dele.
A medida cautelar ainda pedia a distância mínima de 500 metros, bem como proibição de frequentar os mesmo lugares, sob pena de decretação de prisão preventiva e indiciamento pela prática do crime de desobediência prevista no artigo 330 do Código Penal (Desobedecer a ordem legal de funcionário público).
Entretanto, o magistrado declarou incompetência da Justiça em primeiro grau em analisar o pedido. Isso porque o deputado, por prerrogativa da função, está sob o guarda-chuva do foro privilegiado.
"Manifestaram-se o requerido e novamente o Ministério Público, apontando para a competência do STF para análise do pedido, pois se trata de pedido de medida cautelar diversa da prisão preventiva, sob a alegação de prática de crimes pelo requerido, que é Deputado Federal", escreveu Nardi.
Leia mais
Boca Aberta leva soco na cara e acusa Amauri Cardoso
Amauri Cardoso lamenta reação com soco em Boca Aberta
Boca Aberta vai para hospital tratar fratura do nariz
Boca Aberta segue internado em Londrina para tratar lesão na face
Justiça nega prisão de vereador que deu soco em Boca Aberta
Boca Aberta passa por cirurgia em Londrina para reduzir fratura no rosto
No último dia 23, houve uma briga envolvendo Cardoso e Boca Aberta . Após vários ofensas verbais do deputado, o vereador atingiu Boca Aberta com um soco no rosto. Petriv teve uma fratura em nariz, e foi submetido a uma cirurgia na terça-feira (2).
Boca Aberta alega que foi agredido enquanto defendia interesses do povo. Já Cardoso afirma que reagiu em legítima defesa.
Atualizada às 16h52.