Ao falar sobre o Dia da Criança, comemorado hoje (12), o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, defendeu que seu programa de governo está centrado na figura da criança brasileira. "Para mim, a criança ocupa um lugar central numa política de governo. Até mesmo antes de nascer", disse Serra, citando o programa Mãe Brasileira, que propõe atendimento às gestantes. "É um programa que começa quando a mulher dá a vida até quando a criança completa um ano, com assistência à saúde completa", afirmou, após assistir à tradicional missa das 10 horas em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, na cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba.
O candidato tucano também foi perguntado sobre o caso do ex-diretor do Dersa, Paulo Souza, conhecido como Paulo Preto, acusado de ter sumido com R$ 4 milhões que teriam sido arrecadados durante a campanha do PSDB. "O Paulo Souza não está trabalhando na área de finanças da campanha, não recolheu dinheiro que não chegou à campanha. E eu teria sabido. Se eu sou o candidato, eu saberia. Isso não aconteceu. Não existiu nenhum desvio", afirmou.
Durante a missa das 10 horas da manhã, que contou com a presença de cerca de 35 mil fiéis, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), leu um texto biblíco e a mulher de Serra, a chilena Monica Serra, recebeu uma imagem de Nossa Senhora com o pedido de que esta seja encaminhada para os 33 mineiros chilenos que devem começar a ser resgatados na noite de hoje. O candidato José Serra chegou com dez minutos de atraso à missa e comungou. Depois, indagado pelos jornalistas, negou que o tema religiosidade esteja sendo banalizado durante o segundo turno da disputa presidencial.
"Este tema está aparecendo porque o Brasil está colocando essa questão. Grande parte da população brasileira é religiosa. Que ela se manifeste sobre questões religiosas não é nada de estranho, nem macula, nem tira a característica do Estado brasileiro de ser laico", afirmou.