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Propaganda eleitoral

Serra mira população pobre e Dilma critica privatizações

Agência Estado
19 out 2010 às 15:26

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Em busca do voto do eleitor de menor renda, parcela da população na qual pesquisas indicam que a maior parte dos votos vai para Dilma Rousseff (PT), o programa eleitoral na TV do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, enfatizou nesta tarde propostas direcionadas a essa faixa do eleitorado na área de saúde e educação e prometeu que o tucano não vai retirar direitos dos trabalhadores. Já o programa de Dilma manteve a estratégia de associar Serra às privatizações promovidas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O programa do tucano manteve a linha de críticas à adversária e insinuou que a petista não tem nem a alegada experiência administrativa. "A única vez em que Dilma não teve chefe foi quando ela foi dona de uma loja de brinquedos em Porto Alegre. Sabe o que aconteceu? A loja fechou as portas. Ela não vai dar conta", afirmou um locutor.

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Durante a propaganda de Dilma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a aparecer defendendo o voto na candidata petista. "O Brasil que ficou para trás não era dono do seu nariz. Recebia ordens de fora e devia dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O Brasil de hoje conversa de igual para igual com o mundo. Escolha o Brasil que você quer: o Brasil que dava errado ou o Brasil que está dando certo e que Dilma vai continuar", disse Lula.

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Serra foi apresentado com um dos responsáveis pelo Plano Real, pelos mutirões de saúde e pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "Serra lutou a vida inteira pelos desamparados", afirmou um locutor. "Tudo isso sem aloprados, sem mensalão, sem Zé Dirceus e Erenices", afirmou.

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"Pode comemorar: com Serra presidente, não vai faltar proteção ao trabalhador", afirmou o locutor, citando que é a partir dos recursos do FAT que saem o abono salarial, o seguro-desemprego e verbas para cursos de qualificação profissional. Em mais uma referência à temática religiosa, o programa exibiu uma fotografia de Serra durante a primeira comunhão.


Serra prometeu fazer 154 policlínicas em todo o País, criar o Ministério da Segurança, abrir um milhão de vagas no ensino técnico, aumentar a rede de hospitais regionais, criar a rede Zilda Arns para portadores de deficiência e uma rede pública para tratamento de dependentes de drogas. Além disso, investiu em associar Dilma à corrupção e à divisão entre pobres e ricos e entre as diversas regiões do País.

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"Estou convencido de que é possível fazer um governo que estimule e ajude o brasileiro a consumir, comprar, ter mais conforto, segurança e saúde. É possível fazer isso sem radicalismos, unindo, e não jogando irmão contra irmão, regiões contra regiões", afirmou o candidato. "Serra acabou com todas as escolas de lata deixadas pelo PT", disse o locutor.


Privatizações

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Seguindo o modelo adotado pela campanha do presidente Lula no segundo turno das eleições de 2006, contra Geraldo Alckmin (PSDB), o programa de Dilma manteve a associação entre Serra e as privatizações de empresas como Vale, Telebrás e Light e sugeriu que o tucano também pretende privatizar o pré-sal e a Petrobrás.


"Serra e FHC. Juntos, eles venderam dezenas de empresas brasileiras e agora estão querendo voltar ao poder já pensando em privatizar mais uma riqueza do povo brasileiro: o pré-sal", afirmou o locutor. "Pense nisso: Dilma presidente para o Brasil seguir não privatizando."

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A candidata petista se comprometeu a erradicar a pobreza, a instituir uma educação de qualidade, investir em segurança pública e aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS). A petista também enfatizou as propostas para a saúde, área na qual Serra tem identificação por ter sido ministro da pasta.


Ela prometeu ampliar os programas Brasil Sorridente e Saúde da Família, aumentar o número de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os remédios da rede Farmácia Popular, criar a Rede Cegonha para atender gestantes e crianças de até um ano de idade, elevar para 500 o número de Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs) em todo o País e diminuir as filas em hospitais e prontos-socorros.

"Mulher tem esse lado de cuidar. A gente olha o processo inteiro do inicio ao fim, quase analiticamente. Os homens são mais sintéticos. Mulher cuida, cuida mesmo", disse Dilma.


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