A assessoria do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou que o tucano foi ferido por uma bandeira que atingiu sua cabeça durante uma briga generalizada entre militantes petistas e cabos eleitorais de Serra, na tarde desta quarta-feira (20), no calçadão de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Já o pastor evangélico Paulo César Gomes, que ajudou a fazer um cordão de proteção a Serra, contou ter visto o tucano ser atingido por um rolo de papelão usado para enrolar adesivos de campanha.
O diretor do Sindicato de Agentes de Combate à Endemias, agente de saúde José Ribamar de Lima, afirmou que soube ontem à noite que o candidato do PSDB faria campanha no calçadão de Campo Grande e organizou, com outros companheiros, uma manifestação para protestar contra o tucano.
Segundo Ribamar, cartazes que chamavam Serra de "presidengue" e "o pior ministro da Saúde" foram improvisados na manhã de hoje. "Por coincidência", disse o sindicalista, os agentes de saúde encontraram militantes petistas que panfletavam para a candidata Dilma Rousseff. O encontro de cabos eleitorais de Serra com os petistas provocou, então, uma briga generalizada.
"Nós vimos a agenda do Serra na internet. Ele demitiu mais de cinco mil agentes de saúde e é o culpado pelas vítimas da dengue. Nos sentimos na obrigação de denunciar um ministro que diz ser o melhor do País. Mas os cabos eleitorais deles nos receberam com essa violência", afirmou Ribamar.