A queda de cinco pontos percentuais da candidata Dilma Rousseff (PT) em relação aos demais candidatos à Presidência, conforme números divulgados ontem pelo instituto Datafolha, trata-se de uma oscilação normal neste momento da campanha. Foi o que disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atender à imprensa após almoço com correligionários em Maringá (PR).
"Os números são bons, a oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa". "Dilma continua bem à frente de Serra, não há motivo para preocupação", disse Bernardo. Ele não acredita que a queda seja motivada pelas recentes denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, pasta ocupada por Dilma antes da desincompatibilização. "Tem muita gente torcendo por isso, mas que não se precipitem".
Bernardo disse não ter visto os vídeos que inauguram uma fase mais agressiva da campanha do tucano José Serra contra a candidata do PT. Mesmo assim, classificou os vídeos de "recurso desesperado" da oposição. "Serra começou a campanha no estilo paz e amor, achando que o Lula ficaria neutro na disputa, e agora, no final, virou cachorro louco", disse.
O ministro disse que, "com esse desespero", Serra corre o risco de perder a segunda colocação para a candidata do PV, Marina Silva. "Tenho dados que mostram que na região de Londrina (base eleitoral de Bernardo) a Marina está quase igual (em intenções de voto) ao Serra", afirmou. "E talvez ela tenha mesmo mais méritos do que ele".