O ex-deputado federal Íris Simões (PR) teve o registro de candidatura para as eleições de outubro negado ontem (23) pela corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, com base na Lei Ficha Limpa. A decisão foi por maioria de votos. Renato Andrade foi voto vencido. Íris se inscreveu para disputar uma cadeira de deputado federal. Ele ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O TRE entendeu que Íris é inelegível porque sofreu uma condenação por abuso de poder econômico por ato praticado durante a campanha eleitoral de 2006. Na época, Íris e seu irmão Carlos Simões mantinham uma espécie de escritório chamado ''Casa do Povo'', em Curitiba, onde faziam entrega a eleitores de remédios, inaladores, cadeiras de roda, dentaduras e cobertores.
Um levantamento da Reportagem aponta que Íris seria o nono candidato impugnado pelo TRE com base na Lei da Ficha Limpa. Entre os vetados, estão Antonio Belinati (PP) e Geraldo Cartário (PDT). Também ontem, o registro de candidatura à reeleição da deputada estadual Beti Pavin (PMDB) foi deferido. Ela era alvo do Ministério Público Eleitoral porque em 2001, quando prefeita de Colombo, teve contas reprovadas.
Cerca de 80 candidatos já foram indeferidos pelo TRE até agora. Ontem, a assessoria de imprensa do TRE informou que faltam 37 registros de candidaturas para serem julgados.