No último dia de horário eleitoral gratuito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a estrela do programa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. O presidente dialogou com a candidata de vários pontos do País e reforçou a ideia da continuidade. "Com a Dilma, nada vai parar. Ela é a certeza de que o Brasil continuará mudando", reforçou o presidente.
A campanha da petista focou no tema "mudança" e defendeu a manutenção dos projetos do atual governo para acabar com a miséria, garantir o pleno emprego, oferecer saúde e educação de qualidade, ampliar o poder aquisitivo e garantir o ingresso definitivo do Brasil entre as nações mais desenvolvidas. Dilma prometeu respeitar as liberdades individuais e as religiões, transformar o País em uma nação de classe média e "aperfeiçoar o trabalho do presidente Lula". "Você, que acredita em mim, não tenha dúvida, vote em Dilma", disse Lula.
O presidenciável tucano José Serra encerrou sua campanha na TV da mesma forma em que começou, com imagens dele em família, cantarolando e lendo a Bíblia. "Minha história de vida é limpa e íntegra", afirmou o candidato. O programa enumerou as principais promessas de Serra nesta campanha, como o salário mínimo de R$ 600, reajuste de 10% a aposentados e pensionistas, 400 quilômetros de linhas de metrô em todo o País e moradia para famílias pobres.
"Vou governar somando, e não dividindo", disse o candidato, ao prometer construir uma economia forte e um governo que proteja os mais fracos. A campanha tucana, que ganhou direito de resposta contra o PSTU, ocupou o espaço do partido e rebateu o que chamou de "calúnias" contra Serra.
Marina Silva (PV) explorou na TV o crescimento nas últimas pesquisas de intenção de voto e a "onda verde" que pode levá-la ao segundo turno. "Vamos mostrar no segundo turno que ninguém pode contra a voz do povo", pediu a candidata.
Já o candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, despediu-se dos eleitores e aproveitou para pedir votos. "Quero de você o seu voto e o seu apoio amanhã", disse. Ivan Pinheiro (PCB) disse que continuará ao lado dos cidadãos "nas lutas por um Brasil mais justo". Rui Costa Pimenta (PCO) protestou contra a "falta de democracia" nas eleições. José Maria Eymael (PSDC) e Levy Fidelix (PRTB) se limitaram a agradecer o apoio dos eleitores.