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Digital irreconhecível

Eleição simulada no PR aponta falhas em urnas biométricas

Agência Brasil
21 ago 2010 às 12:42

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Além de fatores tecnológicos, a falha na leitura ótica das impessões digitais pode ser em virtude do manuseio de calcário por agricultores da região - Divulgação/TSE
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No Paraná, apenas o município de Balsa Nova, a 55 quilômetros de Curitiba, utilizará o novo sistema de votação biométrica, que identifica o eleitor por meio da impressão digital. A tecnologia inédita em eleições no Brasil será usada em 60 municípios que, neste sábado (21), estão promovendo uma votação simulada.

Até às 17 horas, 2.488 eleitores de Balsa Nova devem comparecer às dez seções instaladas em duas escolas da cidade. O município tem aproximadamente 9 mil eleitores. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), as duas escolas foram escolhidas porque estão localizadas no centro da cidade.

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A aposentada Cassemira Wagner Falarz, 80 anos, tentou participar da simulação, mas o sistema não identificou a impressão digital da eleitora. "Talvez por causa da minha idade a digital já esteja desaparecendo" disse com simplicidade. Casos como o de dona Cassemira podem ocorrer. Nessas situações, o mesário é orientado a checar as informações do eleitor no banco de dados da Justiça Eleitoral.

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O diretor-geral do TRE-PR, Ivan Gradowski, admitiu que o sistema de votação biométrica pode necessitar de ajustes e disse que, no início do teste simulado, ocorreram diversos casos como o de dona Cassemira. Além dos problemas tecnológicos, ele incluiu também o uso constante de calcário pelos agricultores da região como um dos fatores que impediram a leitura ótica das impressões digitais de alguns eleitores. "Essa é uma área rural, com presença de muitos lavradores que usam calcário nas lavouras. Esse produto tem ação semelhante a de uma lixa, apagando as digitais".

Todas as falhas detectadas nas eleições simuladas deste sábado serão repassadas ao serviço de informática do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, para as devidas correções.


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