O vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), que conduzirá as votações no lugar de Michel Temer (PMDB-SP), eleito vice de Dilma Rousseff (PT), disse não saber se "vai ter clima" para retomar a discussão do pré-sal ainda este ano. A divisão dos royalties entre Estados e municípios e a destinação dos recursos do fundo social que será criado pelo governo são os itens mais importantes da votação.
"Existem dois temas que são prioridade, o Orçamento e o pré-sal. Com a eleição de Dilma, são pontos definidos, não haverá mudanças no projeto do governo. No caso do Orçamento, é obrigatório votar. O pré-sal, não sei se vai ter clima. Mas vamos tentar retomar as votações na semana que vem", disse Maia.
Na manhã de hoje, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), reiterou ter certeza de que Dilma manterá o acordo sobre a divisão de royalties do pré-sal, firmado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta defendida por Cabral veta a distribuição igualitária para todos - incluída nos projetos de lei pela emenda Ibsen - e defende o privilégio aos produtores.
"Vamos ter de ter uma solução específica para recompor o acordo. Não é apenas vetar (a lei, se aprovada com a divisão igualitária). Se vetar, voltamos ao porcentual atual e o porcentual com o modelo de partilha não é bom para o Rio de Janeiro. Já está acordada (a solução)", disse o governador.
"A partilha é um assunto superado. Já entendíamos que viria. A nossa luta é a perda da participação especial que nós teremos com a aprovação da partilha. Lutamos para que o porcentual do Rio de Janeiro saísse do atual para um maior, em royalties, para compensar a participação especial", explicou Cabral.