A coligação de apoio do candidato tucano à Presidência, José Serra, anunciou neste sábado, 4, que irá solicitar ao Ministério Público Eleitoral (MPE) e ao Ministério Público Federal (MPF) duas investigações para apurar se houve crime relacionado ao episódio de quebra do sigilo fiscal da filha do presidenciável, Verônica Serra.
A informação foi divulgada durante entrevista coletiva, da qual participaram o presidente do PPS, Roberto Freire, o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, o vice na chapa do presidenciável José Serra, Índio da Costa, e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Serão dois pedidos. O objetivo da representação endereçada ao MPE será o de investigar o episódio pela ótica jurídico eleitoral. A ação terá como base a suposta filiação do falso procurador de Verônica Serra, Antonio Carlos Atella Ferreira, ao PT, além de reportagem da revista Veja que acusou o PT de ter pago as despesas do jornalista Amaury Ribeiro Jr. para a produção de dossiês contra José Serra.
A outra representação será apresentada ao MPF contra o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e o corregedor geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho. Para a coligação, Cartaxo e D'Ávila cometeram atos de improbidade administrativa e obstrução da investigação desses fatos. "Se trata de uma estratégia de despistar (a apuração dos fatos), na qual ambos acobertam os responsáveis maiores desses crimes", comentou Álvaro Dias.
O senador ressaltou, durante a entrevista, que as representações não têm motivo eleitoral, mas "da defesa da Constituição, pois está ocorrendo a banalização de crimes contra os direitos individuais".
Os tucanos acusaram ainda o PT de ter simulado um assalto ao Diretório Municipal do PT em Mauá, na região metropolitana de São Paulo, para a queima de arquivo. O objetivo seria omitir quem abonou a filiação do Atella ao partido.