A partir de hoje, e até o dia 30 de setembro, o contabilista José Joaquim Ribeiro (PSC) será o prefeito em exercício de Londrina. O titular, Barbosa Neto (PDT), se licencia do posto para trabalhar na campanha de Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado, ainda que, de manhã, atenda a comunidade no ''Gabinete Aberto'' - evento das terças de manhã -, dessa vez no Residencial do Café (Zona Norte).
Indagado sobre a troca, ainda que temporária, de um mandato eletivo por uma atividade político-eleitoral e partidária, Barbosa resumiu: ''Estaria sendo irresponsável se saísse em campanha e continuasse recebendo (o salário bruto mensal de R$ 13,8 mil); estou abrindo mão de salário e me dedicando de corpo e alma a um governo do Estado e Federal que salvaram a cidade; só temos que agradecer'', disse, para completar: ''Não vou ser ingrato a ponto de achar que isso (a campanha pró-Osmar) não é comigo''.
Segundo Barbosa, a atuação dele na campanha será mais focada em Londrina que em cidades da região, basicamente voltada a visitas a eleitores, no corpo a corpo, em eventos que envolvam ''sola de sapato, suor, voz e saliva''. ''Quero evitar sair da cidade; é até uma forma de ver os reais problemas dela'', comentou.
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A FOLHA também questionou o prefeito sobre o uso de homens e da picape da Guarda Municipal, além de agentes e veículos da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), no sábado passado, em uma carreata pela campanha de Osmar. Barbosa negou que o aparato tenha sido empregado de forma indevida, para o tipo de evento.
''Qualquer evento que tenha impacto e que gere uma concentração de pessoas, uma aglomeração, é a CMTU quem faz esse serviço (de acompanhamento), mais a Guarda - sejam eventos religiosos, políticos, desde que haja necessidade. Se o presidente, o governador ou qualquer candidato vier, tem que pedir licença para que a Prefeitura conceda esses profissionais''. Sobre carreatas semelhantes de outros candidatos, durante a campanha, mas sem o aparato dessa de sábado, Barbosa definiu: ''Não sei se pediram o apoio à Prefeitura. Mas a lei é para todos''.