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Teste do Idec vê fragilidade em apps de bancos no golpe da mão fantasma

Pedro S. Teixeira - Folhapress
03 out 2023 às 09:25
- Anastasia Nelen na Unsplash
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Três dos quatro maiores bancos privados brasileiros falham diante da presença de programas de acesso remoto usados no golpe da mão fantasma, aponta o Idec em relatório divulgado nesta segunda-feira (2).


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Nesse golpe, criminosos se passam por técnicos ou profissionais de atendimento para convencer a vítima a instalar um software usado para limpar a conta bancária. Assim, espionam a pessoa para roubar usuário e senhas e depois transferem o dinheiro.

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Na primeira etapa, ainda em 2022, o Idec afirma que questionou os procedimentos adotados pelos maiores bancos privados do país após identificar queixas de clientes: Nubank, Bradesco, Itaú e Santander.

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O Itaú afirmou, à época, que bloqueava operações de celulares em que estão instalados aplicativos de acesso remoto, protocolo que passou a ser considerado pelo Idec como o padrão de referência para aumentar a segurança. "Se um banco barrasse o acesso remoto, para o Idec era um sinal de que todos os outros também deveriam dispor dessa tecnologia", diz o relatório Golpe do celular invadido: segurança é nosso direito.


Na segunda etapa, a entidade de defesa testou vulnerabilidades do aplicativo de cada instituição financeira. Voluntários simularam a invasão de seus celulares, por meio de um programa de acesso remoto. O objetivo era testar se o aplicativo do banco continuava funcionando enquanto havia esse programa espião. 

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Segundo o Idec, o teste confirmou que apenas o Itaú fazia o bloqueio desse programa de acesso remoto, o que impediria o golpe.


Na opinião da economista do Idec, Ione Marcondes, o teste aponta fragilidades dos bancos e que eles têm a opção de bloquear o golpe da mão fantasma, mas optam por não reduzir a comodidade no uso do aplicativo. "O risco recai sobre o cliente", afirma.

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O QUE DIZEM OS BANCOS 


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Procurados pela reportagem, os bancos afirmaram que usam outras formas de defesa, como inteligência artificial, para identificar movimentações financeiras suspeitas e bloqueá-las.


O Nubank afirma que, assim como consta no relatório do instituto, os mecanismos de defesa já implementados pela empresa dificultaram a realização da transação indevida. Segundo o banco, esses mecanismos já eram capazes de impedir a realização da operação, uma vez que a situação em que o teste ocorreu difere, em uma série de fatores, de uma situação real de tentativa de golpe.

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"Os clientes do Nubank que estão com seus aplicativos atualizados já contam com camadas adicionais de proteção, incluindo mecanismos que efetivamente bloqueiam o uso do aplicativo do Nubank por acesso remoto", diz o banco digital.


O Bradesco afirma que implanta com frequência dispositivos de segurança visando combater as mais diversas tentativas de fraudes/golpes, para mitigar o risco das transações realizadas em todos os canais de atendimento.

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Clientes podem enviar mensagens suspeitas ao canal de denúncias: [email protected]. "Essas mensagens são avaliadas, sites falsos são derrubados diariamente e as empresas de telefonia são contatadas para desabilitar números de telefones utilizado para fraude."


O Santander afirma que tem mecanismos de proteção eficazes para segurança da operacionalização do seu aplicativo pelos clientes. "A instituição ressalta sua confiança na integridade e eficiência de seus mecanismos e sistemas de proteção, bem como na segurança operacional de seus canais, produtos e serviços, proporcionando proteção e segurança aos clientes."


O Itaú confirma que proíbe o cliente de acessar o app do banco enquanto o programa de acesso remoto estiver ativo. "O cliente até pode, por exemplo, utilizar algum software de acesso remoto para fazer o que precisa ser feito em outros aplicativos ou recursos, mas não no banco."


O QUE FAZER SE CAIU NO GOLPE DA MÃO FANTASMA 


Para tentar reaver o dinheiro perdido no golpe da mão fantasma, a pessoa deve:


Registrar boletim de ocorrência na delegacia virtual 

Contestar as transações junto ao banco 

Caso não tenha sucesso na suspensão das movimentações, o cliente pode procurar a Justiça  


"O banco que causar dano devido à falha de segurança comprovada deverá repará-lo, mesmo em casos fortuitos de fraudes ou de atos praticados por outras pessoas por meio de operações bancárias, conforme entendimento pacificado pelo STJ [Superior Tribunal de Justiça]", diz o relatório do Idec. Pelo Código de Defesa do Consumidor, quem deve provar a responsabilidade pela falha é o fornecedor do serviço sob contestação.


Segundo a empresa de segurança para plataformas digitais, AllowMe, os fraudadores mais habilidosos conseguem burlar o bloqueio a programas de software remoto a partir de vulnerabilidades. "É imprescindível manter o celular e os aplicativos atualizados", recomenda o chefe-executivo da AllowMe, Gustavo Monteiro.


Instituições financeiras não procuram clientes para solicitar informações pessoais, que podem permitir operações bancárias.


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