O comércio eletrônico ganhou muita força no Paraná. De acordo com pesquisa publicada este mês pela revista especializada Info Exame, o Estado é o terceiro maior pólo de comércio eletrônico do Brasil, atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O Paraná entrou no ranking com cinco empresas entre as 100 maiores do Brasil no comércio eletrônico: Renault, HSBC, GVT, Furukawa e Redemarket.com.
A Renault ocupou a quarta colocação no ramo de vendas para o consumidor; a GVT, o 21º posto e a Redemarket, 0 41º.
As operações entre empresas renderam à Furukawa o 26º lugar no quesito de número de negócios eletrônicos fechados.
O HSBC conquistou o sexto lugar entre os bancos. ''Nos últimos três anos, o comércio eletrônico vem crescendo bastante e as empresas ainda estão se ajustando, porque é um negócio novo'', disse o diretor da Redemarket.com, Marcos Freder.
Em pesquisa referente a 2001 feita pelo Ibope, o Paraná aparecia em quarto lugar, atrás também de Minas Gerais.
De acordo com Freder, a palavra de ordem no comércio eletrônico atualmente é a conveniência.
''No começo a Internet tinha muito apelo de preço baixo. Agora estamos para uma linha de conveniência, já que cada vez mais as pessoas têm menos tempo para resolver suas pendências e fazer compras'', observou.
Segundo ele, a empresa atende muitos pedidos de brasileiros que moram no exterior.
''Para o Dia das Mães, por exemplo, vamos fazer entrega de flores em pelo menos mil cidades. Vendemos muito para pessoas que estão fora daqui. O interessante é que, como fazem a compra pelo site, mandam dinheiro para o Brasil'', disse.
Segundo o professor de marketing da FAE Business School, Marcelo Piragibe Santiago, muitas pessoas ainda têm medo de realizar negócio via Internet.
''Mas isso é uma questão cultural, porque a Rede é muito segura'', afirmou.
Para ele, é muito mais seguro acessar a agência virtual do banco do que ir pessoalmente retirar dinheiro no banco.
''A possibilidade de entrar um hacker e pegar o seu dinheiro é mínima'', relatou.
O gerente comercial do portal Bonde, Giordano Poletto, explicou que alguns setores estão despontando bastante no comércio eletrônico, como a venda de produtos eróticos, por exemplo.
Como as pessoas não têm que enfrentar o embaraço de entrar em uma loja pessoalmente e conversar com o vendedor, a venda on-line desses itens vai muito bem.
Até mesmo empresas tradicionais, como o Boticário, conseguiram um novo público ao iniciar a venda através da Internet.
O número de clientes homens aumentou bastante graças ao comércio eletrônico. ''O objetivo do comércio eletrônico é encontrar o público certo'', observou Poletto.