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Exportações brasileiras de aço para EUA podem diminuir, diz ministro

Maria Helena Antun - Agência Brasil
07 mar 2002 às 14:52

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Avaliações preliminares indicam que as exportações brasileiras de aço, este ano, para os Estados Unidos, podem ser reduzidas entre 10% a 15%, em função das medidas protecionistas anunciadas pelo governo norte-americano, que entram em vigor no próximo dia 20. A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. Segundo ele, em 2001, as vendas de aço para os Estados Unidos atingiram US$ 730 milhões.

O ministro fez questão de destacar que é preliminar a estimativa de queda nas exportações de aço para aquele país, e que o governo brasileiro vai esperar a avaliação do impacto efetivo junto com o setor privado, para depois determinar que caminho tomar sobre a decisão norte-americana que impôs, pelo período de três anos, sobretaxa entre 8% e 30% e cotas para as importações de aço de vários países, inclusive o Brasil. Amaral acrescentou que "numa primeira avaliação, o Brasil teria sido menos atingido que outros países".

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De acordo com o ministro, com as medidas de salva-guardas adotadas pelos Estados Unidos, coube ao Brasil uma cota anual de 2,5 milhões de toneladas métricas de aço semi-acabado. Ele informou que, no ano passado, essas vendas somaram US$ 2,1 milhões de toneladas métricas. Admitiu que a decisão deixa um espaço relativo, se comparado a 2001. Mas explica que as indústrias brasileiras tinham expectativas de exportar mais. Informou também que sobre o aço acabado vai incidir a sobretaxa máxima de 30%, no primeiro ano. Os produtos atingidos são a telha galvanizada e a folha de flandre, com perda de cerca de US$ 100 milhões em relação a 2001.

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Para o ministro, a decisão norte-americana não é adequada, porque não foi tomada com base nas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele observou que o Brasil mudou e ficou competitivo. Além disso, lembrou que as exportações brasileiras de aço para os Estados Unidos são pequenas e que não houve surto de vendas e nem comprovação de danos. Acrescentou que a imposição norte-americana é ruim para a Área de Livre Comércio - Alca. Ele enfatizou que o objetivo da Alca é de liberalização comercial e não de restrição.


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