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Nova análise revela dados de tratamento de primeira linha com microesferas de resina SIR-Spheres® Y-90 para pacientes com metástases hepáticas de câncer de cólon primário do lado direito

06 jul 2017 às 09:04

SÃO PAULO, 6 de julho de 2017 /PRNewswire/ -- Uma análise post-hoc dos dados de 739 pacientes dos estudos globais SIRFLOX e FOXFIRE indicam que a adição de SIRT com microesferas de resina SIR-Spheres® Y-90 dirigidas ao fígado à quimioterapia de primeira linha padrão mFOLFOX6 para o câncer colorretal metastático somente do fígado ou dominante no fígado (mCRC) em pacientes com tumores primários do lado direito (RSP), levou a um aumento estatisticamente significativo e clinicamente relevante de 4,9 meses na sobrevida global média (Razão de risco [HR]: 0,64 [95% CI: 0,46-0,89]; p=0,007). Isso significa uma redução de 36% no risco de morte a qualquer momento em comparação aos pacientes que receberam somente quimioterapia.1

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"Esta descoberta surpreendente e essencialmente inesperada pode trazer nova esperança a pacientes de mCRC com tumores somente no fígado ou dominantes no fígado que tenham se propagado a partir do lado direito do intestino ou cólon. Estes cânceres são geneticamente e estruturalmente diferentes de tumores que se iniciam do lado esquerdo do cólon. Pacientes com tumores RSP têm um prognóstico de sobrevida pior e menos opções de tratamento. Eles não respondem bem às terapias biológicas, tais como cetuximab ou panitumumab," disso o Prof. Guy van Hazel, professor clínico de medicina na Universidade da Austrália Ocidental em Perth, que apresentou os novos dados no 19º Congresso Mundial sobre Câncer Gastrointestinal (WCGC) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica em Barcelona.1

Os novos dados são consistentes com uma meta-análise de 2016 de 66 estudos envolvendo mais de 1,4 milhões de pacientes CRC, que descobriu um impacto prognóstico significativo do local do tumor primário na sobrevida global.2 Em particular, os pacientes com mCRC de um tumor primário do lado esquerdo (LSP) tiveram um risco de morte a qualquer momento reduzido em 27% em comparação aos pacientes RSP (HR: 0,73; p<0,001).2 Pacientes com RSP representaram mais de um terço (35?38%) dos casos de mCRC nesta análise.2

"Não havíamos definido a 'lateralidade' do tumor primário como um desfecho primário nos estudos globais SIRFLOX e FOXFIRE, os quais projetamos originalmente em 2005. Naquele momento o entendimento científico do lado do tumor como uma variável potencialmente significativamente do controle do CRC estava apenas começando a emergir," explicou o Prof. van Hazel. "Entretanto, tivemos um intenso interesse acadêmico no assunto e tivemos presciência o suficiente para registrar a localização do tumor primário para cada paciente participante e olhamos estes dados como uma variável secundária independente no nosso plano estatístico."

"Não estávamos sozinhos no nosso conservadorismo inicial sobre o efeito do local do tumor no câncer colorretal," observou. "Foi somente no Encontro Anual ASCO 2016, por exemplo, que o Prof. Alan Venook da Universidade da Califórnia de São Francisco disse que, apesar dos estudos anteriores terem introduzido a ideia de que o local do tumor poderia afetar os resultados do tratamento do câncer colorretal, 'o efeito que observamos em nossa análise retrospectiva da Fase III do experimento clínico CALGB/SWOG 80405 parece ser bem maior do que o esperado,' e poder mudar o curso do controle da doença," adicionou o Prof. van Hazel.3,4

"O debate científico sobre este assunto deve e irá prosseguir," disse ele, "mas, se a lateralidade do tumor primário realmente dividir o câncer colorretal e suas metástases em duas doenças bem diferentes, então os paradigmas de tratamento devem ser cuidadosamente revistos, para assegurar os melhores resultados de tratamento possíveis para cada paciente. As nossas descobertas não requerem validação adicional e, devido a isso podem dar suporte ao uso antecipado da SIRT em pacientes mCRC com metástases somente do fígado ou dominantes no fígado de tumores primários do lado direito."

"Também é importante lembrar," disse o Prof. van Hazel, "que os dados que relatamos agora são de estudos de primeira linha, que combinaram SIRT com quimioterapia para pacientes com mCRC, e que isso não altera as evidências estabelecidas anteriormente dando suporte à função da SIRT usando microesferas de resina SIR-Spheres Y-90 no tratamento de pacientes com mCRC que tiveram falha ou intolerância à quimioterapia inicial, as quais levaram às recomendações nas diretivas clínicas ESMO e NCCN."5,6

Achados detalhados da análise de lateralidade

A análise dos resultados por localização do tumor primário que o Prof. van Hazel apresentou no WCGC foi baseada em novos dados do SIRFLOX, um estudo com 530 pacientes, apresentado pela primeira vez no ASCO em 2015 e subsequentemente publicado no Journal of Clinical Oncology,7 e do FOXFIRE Global, um estudo com 209 pacientes, cujos achados foram apresentados pela primeira vez no Encontro ASCO 2017, juntamente com os achados do FOXFIRE, um estudo do Reino Unido com 364 pacientes.8

Os dados destes três estudos foram prospectivamente reunidos na análise combinada FOXFIRE, com 1.103, a qual foi apresentada no ASCO em junho de 2017, pelo Prof. Ricky Sharma, Chefe da oncologia radiológica no University College London, Reino Unido. Esta análise não mostrou diferenças no desfecho primário da sobrevida global pela adição de SIRT à quimioterapia de primeira linha baseada em FOLFOX em mCRC somente do fígado ou dominantes no fígado, independentemente do local do tumor CRC primário do paciente CRC.8 Entretanto, a apresentação do Prof. Sharma no ASCO chamou a atenção à descoberta de um ganho de sobrevida para pacientes de RSP tratados com SIRT usando microesferas de resina SIR-Spheres Y-90 e apontou que seriam obtidos dados adicionais.

Dos 739 pacientes recrutados nos estudos globais SIRFLOX e FOXFIRE e relatados pelo Prof van Hazel no WCGC, 179 (24.2%) tiveram um tumor RSP e 540 (73.1%) tiveram um tumor LSP; 16 (2.2%) pacientes tiveram um primário em ambos os lados e a localização do tumor primário é desconhecida para 4 pacientes (0.5%).1 Como esperado, pacientes com RSP eram mais velhos (média: 64.4 contra 61.6 anos) e uma maior proporção era de mulheres (42.5% contra 32.0%), em comparação aqueles com LSP, entretanto, não houve diferenças significativas entre os braços de tratamento por localização do tumor primário. A sobrevida global foi melhorada significativamente pela adição de SIRT com microesferas de resina SIR-Spheres Y-90 à quimioterapia de primeira linha mFOLFOX6 (± bevacizumab) em pacientes mCRC com um tumor primário do lado direito (mediana 22.0 contra 17,1 meses, respectivamente com ou sem SIRT; HR: 0,64 [95% CI: 0,46-0,89]; p=0,007). Não foi percebida melhoria na sobrevida devido à adição de SIRT à quimioterapia de primeira linha mFOLFOX6 para pacientes com tumores LSP (mediana 24,6 contra 26,6 meses, respectivamente com ou sem SIRT; HR: 1,12 [95% CI: 0,92-1,36]; p=0,279).

Um teste estatístico padrão da interação de tratamento por localização para a sobrevida global também demonstrou alta significância (qui-quadrado: 9,49; p=0,002; HR: 0,548 [95% CI: 0,37?0,80]), fornecendo evidência adicional de que o ganho observado da adição de SIRT à quimioterapia mFOLFOX6 em pacientes mCRC RSP não foi um achado ocasional.

Pacientes com tumores RSP tratados com SIRT mais mFOLFOX6 também mostraram uma tendência à melhoria da sobrevida de progressão livre (PFS) em comparação aqueles que receberam somente mFOLFOX6 (mediana 10,8 contra 8,7 meses, respectivamente; HR: 0,73 [95% CI: 0,53?1,01]; p=0,053).

Não houve diferenças significativas na incidência de efeitos adversos (AEs) entre pacientes com tumores RSP e aqueles com tumores LSP. "Apesar dos efeitos adversos serem mais comuns no grupo de quimioterapia mais SIRT da Análise Combinada, eles foram em geral previsíveis e controláveis," observou o Prof. Van Hazel.

O Prof. van Hazel concluiu que "O local do tumor primário no mCRC emerge como um fator prognóstico principal e como prognóstico da resposta ao tratamento. Pacientes com mCRC de tumores primários do lado direito claramente têm uma prognose pior e uma resposta inferior ao tratamento em comparação com os primários do lado esquerdo. A nossa análise do impacto da localização do tumor primário sobre os resultados nas coortes dos estudos globais SIRFLOX e FOXFIRE mostra que a adição das microesferas de resina SIR-Spheres Y-90 à quimioterapia de primeira linha baseada em FOLFOX esteve associada a um aumento de sobrevida global estatisticamente significativo e clinicamente relevante para pacientes com um tumor primário do lado direito."

"Acreditamos que os nossos dados se somam à crescente literatura sobre o impacto da localização do tumor primário sobre os resultados mCRC, o que tem sido observado em diversos tratamentos e, se validados, podem dar suporte a uma abordagem baseada em lateralidade na seleção de pacientes para tratamento de primeira linha SIRT para mCRC somente do fígado ou dominante no fígado."

Sobre o câncer colorretal

O câncer colorretal é o quarto câncer com diagnóstico mais frequente a nível mundial e a terceira maior causa de morte por câncer, tirando quase 700.000 vidas anualmente.9 Mais de metade de todos os pacientes com câncer colorretal serão diagnosticados com metástases, mais comumente no fígado.10,11 

O que é SIRT com microesferas de resina de ítrio-90 SIR-Spheres?

O SIRT com microesferas de resina de ítrio-90 SIR-Spheres é um tratamento aprovado para tumores hepáticos inoperáveis.  O tratamento é minimamente invasivo e fornece altas doses de radiação beta de alta energia diretamente aos tumores.  O SIRT é administrado nos pacientes por radiologistas intervencionistas, que infundem milhões de microesferas de resina radioativa (entre 20-60 mícrons  de diâmetro) através de um cateter nas artérias hepáticas que fornecem sangue aos tumores.  Usando o suprimento de sangue dos tumores, as microesferas, seletivamente, alvejam os tumores hepáticos com uma dose de radiação que é até 40 vezes maior do que a radioterapia convencional,   preservando, dessa forma, o tecido saudável.

As microesferas de resina de ítrio-90 SIR-Spheres são aprovadas para uso na Argentina, Austrália, Brasil, União Europeia (Marca CE), Suíça, Turquia e em vários outros países dentro e fora da Ásia para o tratamento de pacientes com tumores avançados de fígado irressecáveis. Nos EUA, as microesferas de resina de ítrio-90 SIR-Spheres têm   a Aprovação Pré-Mercado (PMA) total da FDA e são indicadas para o tratamento de tumores de fígado metastáticos irressecáveis de câncer colorretal primário com quimioterapia da artéria hepática intra adjuvante (IHAC) de FUDR (fluoridina).

Sobre a Sirtex

Sirtex Medical Limited (ASX: SRX) é uma empresa de saúde global australiana que trabalha para melhorar os resultados de tratamento em pessoas com câncer. Nosso atual produto principal é uma radioterapia dirigida para o câncer do fígado denominada microesferas de resina SIR-Spheres Y-90. Foram administradas ,aproximadamente, 73.000 doses para o tratamento de pacientes com câncer do fígado em mais de 1060 centros médicos em pelo menos 40 países. Para mais informações, visite www.sirtex.com.

SIR-Spheres® é uma marca registrada de Sirtex SIR-Spheres Pty Ltd.

Referências:

  1. van Hazel G, Heinemann V, Sharma N et al. Impact of primary tumour location on survival in patients with metastatic colorectal cancer receiving selective internal radiation therapy and chemotherapy as first-line therapy. ESMO 19th World Congress on Gastrointestinal Cancer, Ann Oncol 2017; Abs. LBA-006. 
  2. Petrelli F, Tomasello G, Borgonovo K et al. Prognostic survival associated with left-sided vs right-sided colon cancer: A systematic review and meta-analysis. JAMA Oncol 2017; 3: 211?9.
  3. Venook AP, Niedzwiecki D, Innocenti F et al. Impact of primary (1º) tumor location on overall survival (OS) and progression-free survival (PFS) in patients (pts) with metastatic colorectal cancer (mCRC): Analysis of CALGB/SWOG 80405 (Alliance). 2016 ASCO Annual Meeting; J Clin Oncol 2016; 34 (Suppl): Abs 3504.
  4. Medscape. Big Difference in Colorectal Cancer on Right vs Left Side. 2016 May 19; http://www.medscape.com/viewarticle/863537. Last accessed June 2017.
  5. Van Cutsem E, Cervantes A, Adam R, et al. ESMO consensus guidelines for the management of patients with metastatic colorectal cancer. Ann Oncol 2016; 27: 1386?1422.
  6. National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines in Oncology. Colon Cancer. Version 2.2017  www.nccn.org/professionals/physician_gls/PDF/colon.pdf. Last accessed June 2017.
  7. van Hazel GA, Heinemann V, Sharma NK et al. SIRFLOX: Randomized phase III trial comparing first-line mFOLFOX6 (plus or minus bevacizumab) versus mFOLFOX6 (plus or minus bevacizumab) plus selective internal radiation therapy in patients with metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol 2016; 34: 1723?1731.
  8. Sharma RA, Wasan H, van Hazel G et al. Overall survival analysis of the FOXFIRE prospective randomized studies of first-line selective internal radiotherapy (SIRT) in patients with liver metastases from colorectal cancer.  2017 ASCO Annual Meeting; J Clin Oncol 2017; 35 (Suppl): Abs 3507.
  9. GLOBOCAN 2012. Estimated cancer mortality, incidence and prevalence worldwide, Available at http://globocan.iarc.fr/Default.aspx. Last accessed June 2017.
  10. Adam R, De Gramont A, Figueras J et al. The oncosurgery approach to managing liver metastases from colorectal cancer: a multidisciplinary international consensus. Oncologist 2012; 17: 1225?39.
  11. Van de Eynde M, Hendlisz A. Treatment of colorectal liver metastases: A review. Rev Rec Clin Trials 2009; 4: 56?62.

783-EUA-0617

FONTE Sirtex Medical Limited

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