O mercado de trabalho recebe por ano cerca de 40 mil novos médicos. Esse número expressivo de profissionais disputando vagas e pacientes/clientes coloca já na largada da corrida por um lugar ao sol uma série de desafios. Um dos maiores, e para os quais os cursos de Medicina ainda não dedicam a devida atenção, é a competividade e a entrega de valor para esse mercado.
Esse cenário foi apresentado pelo especialista em Inteligência de Mercado e Elaboração de Proposta de Valor para o Mercado, Renato da Rocha Neto, que falou à uma plateia formada por médicos e enfermeiros durante o 1º Simpósio de Cirurgia Robótica e Urologia, promovido na última segunda-feira (21) pelo Hospital Evangélico de Londrina.
Rocha destaca que essa competitividade deve se intensificar ainda mais nos próximos anos. Ele afirma que as projeções da Associação Médica Brasileira apontam que, nos próximos 10 anos, o número de médicos atuando no Brasil chegue a um milhão de profissionais. Segundo dados apresentados pelo consultor, em 2010, eram 310,8 mil médicos atendendo. Já em 2023, esse número saltou para 562,2 mil profissionais de Medicina. “E quando a gente olha para a diferença entre aqueles médicos que estão saindo do mercado (por aposentadoria, morte ou outra decisão) e o número de novos profissionais que entram todos os anos, percebe que a tendência é de que o número cresça cada vez mais. A Associação Médica prevê que esse número dobre nos próximos 10 anos”, diz.
Leia mais:
Bancos já reduzem limite de crédito para apostadores de bets
Conservadores dominam anúncios pagos na Meta e gastam 3,3 vezes mais que progressistas, diz estudo
Receita Federal abre consulta ao lote residual de dezembro na segunda-feira
Senado aprova projeto que limita ganho do salário mínimo e muda regras do BPC
Diante desses indicadores, o consultor, que é Diretor de Projeto da Litz Estratégia e Marketing, observa que “o médico precisa se preocupar cada vez mais com a competitividade e com sua entrega de valor.” Isso quer dizer, segundo o consultor, que o profissional deve estar atento ao que o torna diferente dos demais, o que ele faz para que o serviço que presta seja reconhecido. “Aí cabe a ele olhar para toda sua jornada de entrega de serviço, desde a maneira como o médico é presente no processo de seleção de paciente, como ele é referenciado nos espaços de busca, como o nome dele é lembrado pelos clientes”, diz.
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA.