SÃO PAULO, 23 de março de 2017 /PRNewswire/ -- O G100 Brasil, Núcleo de Estudos do Desenvolvimento Empresarial Econômico, em sua reunião de Março/2017, já prevê que a economia brasileira passará por um período de recuperação, e no próximo ano o país deve retomar o crescimento.
A política econômica está na direção correta e o cenário internacional favorável, apesar de toda a incerteza política com o governo Trump e as eleições na Europa. O mercado de capitais começa o ano bem, mas uma grande questão é o grau de alavancagem das empresas. Crises de endividamento elevado e alta alavancagem têm recuperação mais lenta.
A inflação está desabando e os juros devem chegar a um dígito logo. Esse cenário ajudará a desalavancagem das empresas e a recuperação do consumo e do investimento. O dólar depende do ritmo de normalização da taxa de juros norte americana.
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A reforma da previdência deve ser aprovada, mesmo que com alguma negociação. Também é possível a aprovação de algo da reforma trabalhista. Se isso acontecer, 2017 será um dos anos mais importantes do ponto de vista da agenda de reformas do pais.
Mas por que não crescemos? Historicamente, temos três problemas: inflação, equilíbrio externo e fiscal, todos bem encaminhados. Mas há outros três problemas: o crédito, que tem distorções que precisam ser corrigidas, senão o processo de desalavancagem será muito demorado; a abertura de mercado, precisamos abandonar a visão protecionista e as novas relações de trabalho tornam fundamental uma reforma trabalhista. Se esses problemas não forem atacados não haverá crescimento.
Começamos a sair dessa recessão. O principal risco é a questão fiscal, com a aprovação da reforma da previdência sendo fundamental. Outro risco é o processo de desalavancagem das empresas e o desendividamento das famílias. A queda dos juros tem impacto positivo e facilita a renegociação de dívidas. O terceiro elemento de risco é a infraestrutura.
A confiança empresarial cresceu, mas isso não se traduziu em investimento. O índice de desemprego ainda está muito elevado, com a situação social bastante agravada, mas contratar mão de obra especializada é muito difícil. Quem comanda o país é o ambiente político, que precisa criar um alguma previsibilidade para atrair investimentos. Há esperança que o cenário irá melhorar, mas na prática pouca melhoria concreta. A expectativa é que o Brasil continue a ser um mercado atraente para os estrangeiros, apesar dos seus problemas.
Rodrigo Romero ? Founder/President ? G100 Américas
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FONTE G100 Brasil