O recuo do dólar no exterior em meio à expectativa de corte de juros pelo banco central dos EUA ainda hoje se sobrepôs ao fluxo cambial negativo no Brasil para definir o fechamento em baixa da moeda americana em relação ao real. O dólar comercial fechou em baixa de 0,38%, cotado a R$ 2,37. Na BM&F, o dólar negociado à vista também encerrou a R$ 2,37, em baixa de 0,71%. O giro financeiro cresceu 29%, para cerca de US$ 1,750 bilhão.
O dólar comercial chegou a subir na primeira parte dos negócios até a máxima de R$ 2,397 (0,76%). A correção foi amparada por remessas de recursos para pagamentos de bônus e dividendos no exterior e a valorização momentânea da moeda norte-americana ante o euro e a libra. Essa valorização da moeda atraiu exportadores à ponta de venda, o que favoreceu a redução dos ganhos.
Como no cenário internacional o dólar perdeu força após a queda recorde de 1,7% do índice de inflação ao consumidor nos EUA em novembro, que reforçou as apostas num corte expressivo de juros naquele país - de ao menos 0,50 ponto porcentual -, as cotações da moeda começaram a segunda parte dos negócios à vista renovando as mínimas do dia.
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Provavelmente, segundo um operador, o Banco Central sabia de alguma operação pontual de saída de recursos e realizou um leilão de venda de dólar à tarde. "A atuação do BC levou o pronto a ampliar a mínima", observou um operador de uma instituição financeira nacional.