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Cortina de fumaça: Após ter bens bloqueados no Brasil, nos EUA, em Luxemburgo -- e, em breve, em Portugal --, corretora Gradual ataca credores e até advogados, alerta Incentivo Investimentos

13 jun 2017 às 15:34

SÃO PAULO, 13 de junho de 2017 /PRNewswire/ -- Acuada e em crise, a GRADUAL CCTVM, corretora dirigida por Fernanda Ferraz Braga de Lima de Freitas e seu marido, Gabriel Paulo Gouvêa de Freitas Júnior, e que opera em câmbio e administração de previdência social complementar (Fundos RPPS), está com seus bens arrestados no Brasil, Estados Unidos e Luxemburgo. O motivo é a subscrição fraudulenta de ativos podres e o descumprimento de decisões arbitrais. A empresa é alvo de auditoria do Banco Central e responde a inquéritos administrativos da CVM, Anbima e BM&F Bovespa-CETIP (hoje "B3"), já tendo sido punida em vários deles.

Os arrestos no Brasil e exterior foram solicitados pela Incentivo Investimentos Ltda., gestora do Fundo RPPS Piatã, por meio do escritório Chiarottino e Nicoletti Advogados, liderado pelo sócio Leandro Augusto Ramozzi Chiarottino, em parceria com as equipes de contencioso dos escritórios americanos King & Spalding LLP, dos sócios Harry Burnett e James Berger; e Molo Lamken LLP, com a participação da sócia Jessica Ortiz, ex-procuradora-chefe da Divisão de Narcóticos do Ministério Público Federal de Nova York, que defende a credora TBC Agentes Autônomos de Investimento Ltda., de Ribeirão Preto.

"A equipe do King & Spalding LLP, com quem estamos trabalhando desde o início do ano no caso GRADUAL nos Estados Unidos, é experiente em fraudes bancárias. Vem dessa banca o advogado Christopher A. Wray, nomeado na última quarta-feira, pelo presidente Donald Trump, para  chefiar o FBI", diz Chiarottino.

A equipe de peso obteve os arrestos tanto em Nova York quanto em Luxemburgo, por meio do advogado Antoine Laniez, da banca europeia NautaDutilh Avocats. Em Portugal, o arresto dos bens da Gradual foi pedido no último dia 9 pela Sociedade rebelo de Sousa & Advogados Associados, tradicional banca lisboeta.

Na semana passada, a 34ª Vara Cível de São Paulo citou a GRADUAL para se defender do pedido de dissolução da companhia, formulado por Beatriz Helena de Lima Ferreira Braga, acionista minoritária e tia de Fernanda Ferraz Braga de Lima de Freitas. A tia acusa a sobrinha de gerir temerariamente a corretora, falsificar documentos e forjar sua assinatura em um Instrumento Particular de Transação em dezembro de 2016 para encerrar disputas arbitrais entre a GRADUAL e a gestora carioca BRIDGE TRUST.

Acusações sem provas

Em meio à crise que atinge a Gradual, a acionista controladora partiu para o tudo ou nada em ataques via imprensa contra credores e seus advogados, mencionando ações judiciais já encerradas para acusá-los. "Os procedimentos citados no anúncio da Gradual já foram rejeitados pelos órgãos de fiscalização", afirma Leandro Chiarottino.

O escritório Chiarottino e Nicoletti Advogados esclarece que a argumentação da GRADUAL em anúncio publicado dia 11 de junho nos principais jornais não passa de um rescaldo de outros ataques malsucedidos tentados há alguns meses, criados para encobrir os problemas da corretora".

Processo: 1049392-87.2017.8.26.0100 

Original 123 Comunicações 
(11) 3093-2020 / (11) 998-296-254 

FONTE Incentivo Investimentos

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