A região de Londrina destacou-se pelo crescimento de 142% na movimentação de commodities agrícolas como o açúcar, milho, soja e farelo entre 2020 e 2023 nos portos do Paraná.
Os produtores da região movimentaram 12,3 milhões de toneladas de granéis sólidos entre 2020 e 2024. Londrina representa 35,7% do market share regional, seguido de Sertanópolis (24,9%), Rolândia (22,8%), Florestópolis (8%) e Ibiporã (1,8%).
Os excelentes resultados das empresas da região nos últimos anos nas vendas externas biparam o radar do setor produtivo e colocaram o interesse pela internacionalização num patamar inédito.
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Esta sensação marcou o ambiente da 22ª edição dos Encontros Folha - Conteúdo com Relevância , realizada na última terça-feira no Centro de Eventos do Aurora Shopping, em Londrina, com o mote “Exportações Brasileiras em Alta - Como Identificar Oportunidades, Impulsionar os Negócios e Aproveitar a Boa Fase de Recordes Históricos”.
O evento foi aberto pelo CEO do Grupo Folha, Nicolás Mejía, presidente do Fórum Desenvolve Londrina. “Ainda há muitos mercados que podemos começar a explorar ou expandir. A região de Londrina é um exemplo de um ambiente favorável à inovação e ao empreendedorismo. Há um trabalho com muita determinação neste sentido. Como sempre fazemos no Encontros Folha, queremos detectar oportunidades de crescimento econômico, o que necessariamente passa pelo fortalecimento das empresas e o comércio exterior é parte importante disso”, disse. “Queremos que nossas marcas sejam cada vez mais reconhecidas fora das fronteiras nacionais”.
No mesmo tom, Rubens Negrão, gerente da Regional Norte do Sebrae Paraná - correalizador do evento - lembrou o compromisso da instituição com o setor. “A internacionalização das pequenas e médias empresas é um debate permanente dentro da rotina de trabalho do Sebrae”, afirmou. “Temos que preparar e sensibilizar o mercado para a atuação global, que é um mundo de oportunidades”.
Apesar da alta demanda no setor das commodities, os especialistas convidados concordaram que é preciso um incremento efetivo e constante das vendas de produtos manufaturados ao exterior, uma maneira de impulsionar a indústria, sonho antigo dos londrinenses.
“O comércio exterior da região está muito concentrado em commodities, com pouca participação da manufatura. Temos poucas empresas que exportam produtos de alto valor agregado”, defendeu a painelista Danubia Milani Brouco, consultora de projetos do Sebrae.
A alavancagem pode surgir com uma nova geração de empresas que já nasçam com o DNA globalizado. “As empresas brasileiras devem nascer já pensando no mercado internacional. Muitas vezes, o empresário pensa em expansão primeiro para outras regiões do Estado, depois para estados vizinhos, depois para outras regiões do País e acaba negligenciando o projeto de internacionalização. É preciso desenvolver produtos e serviços que sejam competitivos no mercado global já na própria concepção”, aconselha.
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