Com a colheita da soja do ciclo 2023/24 concluída em mais de 90% das áreas sob sua atuação, a Cocamar trabalha com um percentual de redução da produtividade da ordem de 35% em relação ao estimado na fase inicial da cultura, segundo informações do departamento técnico da cooperativa.
“A safra teve dois períodos distintos”, comenta o gerente técnico Rafael Furlanetto. O primeiro, o do desenvolvimento vegetativo, foi considerado “bastante positivo”, favorecido pela temperatura e por boas condições climáticas até meados de dezembro, embora tivesse havido nas regiões uma distribuição irregular de chuvas.
Numa segunda etapa, o cenário mudou completamente a partir da terceira semana de dezembro, verificando-se ausência de precipitações e a chegada de intensas ondas de calor.
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Segundo Furlanetto, as adversidades climáticas começaram justamente na fase de desenvolvimento reprodutivo das plantas. Ele explica ser esse o momento da floração, seguida da formação das vagens e dos grãos.
“É o momento em que as plantas estão mais suscetíveis, lembrando que elas precisam de 6 a 8 milímetros de água por dia durante essa fase. Considerando que o estágio reprodutivo dura cerca de 50 dias, seriam necessários ao menos 240 milímetros de umidade, o que não aconteceu", afirmou.
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