As temperaturas baixas registradas nos últimos dias fizeram as pessoas tirarem os casacos do inverno que estavam nos fundos de seus guarda-roupas, mas houve quem constatou que as roupas que possuíam já não estavam mais cumprindo o papel de proteger da ‘friaca’ que tem assolado o Paraná nesta semana.
A pedagoga Carolina Oliveira Souza, 23, foi uma das pessoas que foi às compras para renovar as peças de vestuário que possui em casa. Acompanhada pela família, ela logo se enveredou em meio das araras com as peças mais quentes em busca de uma que atendesse seus anseios. “O meu guarda- roupas estava com peças mais finas do inverno anterior, mas agora o frio está mais rigoroso e preciso de casacos mais reforçados. Além disso, muitas das roupas de inverno ficaram pequenas, e não me servem mais. As mangas já estavam subindo e já não cobriam mais os meus braços”, declarou. Enquanto foi abordada pela reportagem ela ressaltou que estava em busca de jaquetas e calças.
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A dona- de- casa Cleonice das Graças Garcia Soares, 53, fez uma caminhada extensa pelas lojas do Calçadão em busca de vestimentas que a ajudem a combater as temperaturas gélidas desta semana. “Comprei blusa, calça e outros itens. Gastei R$ 500, porque meu guarda-roupa estava desabastecido”, afirmou. Ela ressaltou que não procurou adquirir coisas simplesmente porque estão na moda, mas optou por duas qualificações na hora de escolher os produtos. “O que considerei foram o preço e a qualidade. Se for comprar uma roupa que não esquenta não adianta o preço mais em conta. Protegendo a gente do frio está bom, porque ele está mais intenso, mais do que no ano passado”, apontou.
A auxiliar aposentada, Terezinha de Souza Garcia, 67, veio de Jataizinho em busca de peças que a ajudassem a combater o frio, mas também veio adquirir algo para doar quem está passando frio. “Eu gosto do frio, entretanto eu sinto dó das pessoas que estão na rua nesse frio, precisando de roupas. É uma hora que precisamos ajudar essas pessoas a se aquecer, sobretudo essas criancinhas que ficam na rua. Eu sinto um dó delas.” Observando uma pilha de cobertores que estava em oferta em uma das lojas do Centro da cidade, ela ressaltou que sempre doa roupas de frio quando tem peças sobrando. “Eu vejo muitas famílias passando necessidade. Acho bonito quando há equipes na rua ajudando essas pessoas no frio. Não podemos pensar só na gente, mas temos que pensar no próximo. Se compro um agasalho, posso comprar outro para doação. Se todo mundo fosse assim, o mundo não estaria como está hoje”, declarou.
A comerciante Julie Bicas, da Juli Modas, afirma que as vendas de roupas de frio aumentaram muito em relação ao mesmo período do ano passado e também em comparação com o ano retrasado. “Antes, poucas pessoas saíam de casa por causa da pandemia. Aquela vontade de ir às ruas estava represada. Este ano todas as pessoas resolveram viajar, passear e tivemos aumento grande. Em termos de porcentagem, houve aumento de 60% das vendas em relação ao mesmo período do ano passado”, declarou.
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