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Ciclotimia: entenda o transtorno que leva do estado de euforia à tristeza em segundos

07 out 2024 às 11:30

Ondas de tristeza e desânimo, alternadas com momentos de euforia, otimismo e pensamentos exagerados podem indicar o transtorno de ciclotimia. Pouco conhecida, a ciclotimia é um tipo de transtorno de humor em que a pessoa passa por altos e baixos constantes, porém de forma menos intensa do que no transtorno bipolar. 


Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Ceub (Centro Universitário de Brasília), explica como o diagnóstico clínico e o tratamento adequado podem melhorar a qualidade de vida de quem convive com o transtorno.


Segundo o psiquiatra, quem tem ciclotimia vive fases de leve depressão e momentos de energia em alta (chamados de hipomania), sendo que essas mudanças de humor nunca são tão graves a ponto de serem classificadas como depressão profunda ou mania. “É como se fosse uma versão 'mais branda' do transtorno bipolar. Mesmo assim, pode ter um grande impacto na vida de quem passa por isso”, observa.


FASES DE HIPOMANIA


Ao suspeitar de ciclotimia, Benevides orienta observar se existem fases de hipomania. De acordo com o especialista, durante esses momentos de alta, a pessoa pode se sentir mais animada, cheia de energia, superconfiante e produtiva. Ela também pode dormir menos, ser mais sociável e agir de forma impulsiva. 


Já nos períodos de baixa, surge uma depressão leve, marcada por tristeza, desânimo, cansaço, baixa autoestima e perda de interesse em atividades que antes gostava.


De acordo com o professor, a ciclotimia pode ser desencadeada por situações de muito estresse e grandes mudanças na vida, como a perda de um ente querido, mudanças nos relacionamentos e abstinência do uso de substâncias como drogas e álcool. 


“Tudo isso pode criar um ambiente emocional instável e o cérebro pode ter dificuldade em regular o humor, resultando nas oscilações características da ciclotimia. Essas mudanças de humor acontecem ao longo do tempo e, muitas vezes, de forma imprevisível, podendo complicar a vida social e profissional.”


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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