As hospitalizações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) seguem em alta no Brasil, principalmente causadas por por influenza A e VSR (vírus sincicial respiratório).
Os dados são do boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quarta-feira (29). Alguns estados até apontam uma reversão na tendência de subida, mas no geral a situação é homogênea.
Foram analisados pela Fiocruz dados de internações de 19 a 25 de maio com base no Sivep-Gripe até a última segunda-feira (27).
O levantamento mostra ainda que, apesar de não representar número significante de internações, alguns casos de síndrome respiratória estão associados ao rinovírus e casos de influenza A apresentam uma interrupção de aumento no nordeste. Já no centro-sul, há uma tendência maior de crescimento do vírus da gripe, embora alguns estados já tenham começado a demonstrar diminuição no ritmo de alta semanal.
A prevalência de casos positivos nas últimas quatro semanas foi, respectivamente, de 56% para vírus sincicial respiratório, de 25,8% para influenza A, de 4,5% para Covid-19 e 0,4% para influenza B.
Já entre as mortes, 47,6% dos pacientes tinham positivado para influenza A, enquanto outros 26,6% tinham diagnóstico de Covid-19, 17,6% de VSR e 0,3 de influenza B.
Os estados que mais apresentaram crescimento de Srag a longo prazo são Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
A pesquisa ressalta, ainda, a importância da análise com cautela dos dados sobre o Rio Grande do Sul, em decorrência das recentes inundações e possíveis atrasos em relação aos números da região.
Ao todo, já foram registrados 30.918 casos de Srag neste ano, sendo o VSR responsável por 42,6% desse total, seguido por 25,3% de Covid, 18,8% de influenza A e 0,4% de influenza B.
Foram registrados ao longo do ano também 2.362 óbitos por Srag, dos quais 66,8% foram causados por complicações de Covid, seguido por 22% de influenza A, 6,8% de VSR e 0,4% de influenza B.
O vírus sincicial respiratório é um dos principais causadores de bronquiolites em bebês e crianças durante os meses mais frios do ano. Dentre os principais sintomas estão tosse e falta de ar, podendo evoluir também para pneumonia.