A CNN Brasil desmentiu uma fala do jornalista
Minutos após os comentários de Garcia, a apresentadora Elisa Veeck leu um comunicado dizendo que procurou o infectologista Renato Kfouri para esclarecer o tema.
"Segundo o médico, a medida previne mortes em adultos e idosos com formas graves. Ou seja, a proporção maior de casos graves irá acometer as pessoas que não tomaram a vacina".
A apresentadora disse ainda que 1.581 pessoas entre 10 e 19 anos morreram este ano por complicações da Covid-19 no Brasil. "No caso das crianças, [a taxa de hospitalização] que era de 0,35% poderão, sem vacina, chegar a 15%".
Garcia coleciona polêmicas em seu quadro no telejornal Novo Dia. Em maio deste ano, ele se desentendeu com o então apresentador Rafael Colombo, 43, e ameaçou deixar a CNN Brasil durante a exibição ao vivo.
Durante a conversa, Colombo comentou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que declarou a possibilidade de editar decreto para garantir o direito de "ir e vir". Garcia, que apoia o político, questionou o âncora e disse que Bolsonaro quer apenas cumprir a Constituição brasileira.
Ele ainda afirmou que o presidente tem "todo o direito" de lançar o decreto para proibir governadores e prefeitos de determinarem restrições para o controle do coronavírus. "O direito à vida também está na Constituição. Os governadores e prefeitos não estão tentando garantir o direito à vida?", questionou então Colombo.
Após um período de silêncio, Garcia respondeu: "Eu não estou sendo entrevistado", fazendo referência à pergunta. Colombo então seguiu a apresentação e disse que os dois continuariam a conversa no dia seguinte, sexta-feira (7), já que não havia mais tempo.
Um mês depois, Colombo acabou pedindo para deixar o quadro Liberdade de Opinião, na CNN Brasil, após um ano como apresentador. O jornalista teria se sentido incomodado com a citação de Garcia, em um relatório do Google enviado à CPI da Covid que aponta a ligação do comentarista na propagação de fake news.