O banco de sangue do Hospital Veterinário da UEL (Universidade Estadual de Londrina) precisa de cães doadores. O hospital recebe, todos os dias, inúmeros pacientes bastante debilitados que necessitam de transfusão urgente. A cada mês, o hemocentro de atendimento a animais realiza, em média, 30 transfusões, mas os estoques estão sempre abaixo da demanda. Para aumentar o número de doadores regulares, o Projeto Vida Banco de Sangue da UEL faz um apelo à comunidade, especialmente aos tutores de cães de grande porte.
Para ser um doador, o animal deve ter entre dois e oito anos de idade, peso acima de 26 quilos e estar saudável, sem pulgas e carrapatos. Entre as raças que mais se enquadram no perfil de doador estão labrador, golden retriever, pitbull, rottweiler e pastor alemão, mas cães de outras raças e os SRD (sem raça definida), conhecidos como vira-latas, também podem doar, desde que sejam grandes. “Tem que ser um cachorro de grande porte, não um pequeno obeso. O importante é o porte”, reforçou a professora do Departamento de Clínicas Veterinárias e coordenadora do Projeto Vida Banco de Sangue da UEL, Patrícia Mendes Pereira. Não há restrição quanto ao sexo do animal, machos ou fêmeas podem ser doadores, mas as fêmeas não podem estar prenhas nem no cio.
Como a coleta é feita sem anestesia, ressaltou a coordenadora, o temperamento do animal também é avaliado. O procedimento dura cerca de uma hora e meia e, por isso, é importante que o animal seja mais calmo. “Isso restringe muito o nosso número de cães, o que dificulta ainda mais conseguir um número de doadores aptos.”
O banco de sangue do HV tem entre 30 e 40 doadores regulares, que mantêm um intervalo de três meses entre uma doação e outra. Para atender com tranquilidade todos os pacientes que chegam ao hospital, seriam necessários 120 doadores constantes.
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