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Litoral de SC

Balneário Camboriú triplica faixa engolida por construções à beira-mar

Katna Baran - Folhapress
28 ago 2021 às 11:34
- Pixabay
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A falta de sol causada pelos famosos arranha-céus e a estreita faixa de areia da praia de um dos principais pontos turísticos do litoral catarinense estão com os dias contados. Em apenas dois dias de trabalho, uma megaestrutura contratada para o alargamento da praia central de Balneário Camboriú já provocou mudanças na paisagem.


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A intenção é retomar o cenário perdido ao longo de 70 anos de desenvolvimento da cidade e transformá-lo na segunda maior em faixa de areia do Brasil, perdendo apenas para Copacabana, no Rio de Janeiro.

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Atualmente, são 25 metros de espaço até o mar. O objetivo é triplicar o trecho, chegando a 75 metros de areia -com possibilidade de retração de até 5 metros após um período de assentamento.

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Os trabalhos devem seguir até novembro e chamam a atenção dos moradores diante da complexidade e da amplitude. As primeiras imagens da obra, iniciada no domingo (22), mostram uma expansão considerável do trecho central da praia.


A areia nova chega à praia pela draga Galileo Galilei, navio de origem belga, mas que atracou de Singapura, e é operado por uma tripulação especializada de 28 homens. A estrutura, que trabalha 24 horas, já deslocou 120 mil m³ de areia em dois dias. O volume total previsto no projeto é de 2,155 milhões de m³.

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"É uma obra de engenharia hidráulica não muito comum no nosso país, mas a nível mundial é bem recorrente, até porque existem eventos externos em outros países que não temos aqui", explicou o Rubens Spernau, um dos engenheiros que acompanha a obra.


A areia é coletada em até 40 metros de profundidade em uma jazida que fica a 15 km da praia. Cerca de 13,5 mil m³ do material são carregados por uma cisterna até o ponto de junção da draga, a cerca de 2 km do ponto de descarregamento. Uma tubulação submersa faz então o trabalho final de fazer chegar a areia à praia.

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O ciclo permite que a draga faça até quatro viagens por dia. Spernau explica que, por estar molhada, a areia extraída é mais escura, mas, com a ajuda do sol, em pouco tempo ela deve atingir a mesma coloração do restante da praia.


Uma inovação do projeto é a possibilidade de acompanhar a obra em tempo real por meio de 13 câmeras instaladas na orla da praia. "Tudo vai se reverter num documento histórico e dá mais transparência à obra", apontou o engenheiro.

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A recuperação da faixa de areia da praia central é uma demanda antiga dos moradores e turistas de Camboriú. Projetos foram apresentados desde a década de 1990 e, em um plebiscito realizado há 20 anos, 71% da população se manifestou favoravelmente à obra.


O plano de execução do atual projeto foi custeado por um grupo de empresários locais e a obra, estimada em R$ 66 milhões, foi possível por meio de um empréstimo do Banco do Brasil.

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Spernau pontua que o processo de encolhimento da faixa de areia de Camboriú não é culpa apenas das famosas construções na beira da praia central, que fizeram a cidade ficar conhecida como a "Dubai brasileira".


"O Brasil sofre com um problema de erosão marinha em praticamente toda costa e obras de recuperação de praia como esta devem ser cada vez mais frequentes".

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A ampliação da faixa de areia é a primeira parte de um projeto de reurbanização de Balneário Camboriú, que contempla a instalação de novos equipamentos de lazer, além de praças e parques. Esta etapa do plano só deve ser iniciada após a temporada de verão.


Tirando a proposta do papel, o prefeito Fabricio Oliveira (Podemos) espera, inclusive, a redução da frequente comparação da cidade com outros pontos turísticos.


"Não é Dubai, não é Miami, aqui é Balneário Camboriú, com uma obra com suas características e singularidades. Creio que logo não vamos ter mais títulos e quem sabe outras cidades vão poder dizer que são Balneário Camboriú."

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