VESTIDO DE NOIVA NO ANTIGO CEMITÉRIO
As rendas brancas não são agitadas pelo vento
rendas de um vestido (novo) de noiva
na capelinha
de um antigo e espectral cemitério
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voam as Gárgulas nesse local decrépito!
um relicário guarda as lágrimas
de um funeral de atonia e espanto
só o vestido imaculado
nesse ambiente destroçado pelo passar do tempo
só o vestido
permanece além dos cupins e além dos ventos
um vestido
com os vestígios do veneno
esse vestido branco é o espelho de uma promessa quebrada
- uma promessa de amor eterno.
Poema de Isabel Furini