Guto, um pequeno e frágil garoto, corria pelas colinas acompanhado sempre pelo seu fiel companheiro, um cãozinho vira-lata, tinham a liberdade de brincar livremente quando seus pais visitavam a fazenda da família. Nada parecia oferecer perigo, e para ajudar nos cuidados havia alguns empregados da fazenda que também vigiavam os dois pequenos.
Guto só queria saber de brincar, e era necessário que seus pais fossem buscá-lo para se alimentar, pois ele esquecia a fome.
Comia apressadamente e saia em disparada acompanhado pelo cãozinho amigo.
As horas passavam voando, quando percebia estava escuro, quando ouvia o chamado dos pais, relutante voltava, mas pedindo que o acordassem cedo para brincar, parecia que ele tinha que aproveitar todo o tempo, sem desperdiçar nenhum minuto.
Os dias se passavam sem grandes acontecimentos, a não ser para Guto, tudo era novidade. Chegou a descobrir uma grande caverna, a qual ficou proibida pelos pais, porém Guto queria explorá-la junto com seu amiguinho de quatro patas.
Foi mesmo sem seus pais saberem.
No final da tarde, o cãozinho voltou sozinho.
Marli Terezinha Boldori Andrucho
Acadêmica da AVIPAF