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Entrevista com o poeta Daniel Mauricio

18 ago 2021 às 20:43

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Nosso entrevistado é o poeta Daniel Mauricio. Nascido em 08/05/1968 em Jaguariaíva–PR, É Membro associado do Centro de Letras do Paraná - CLP, Membro da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia – AVIPAF; Academia de Letras do Brasil- seccional do Rio Grande do Sul, Graduado em Letras - UFPR; Administração de Empresas - FESP; Direito - FARESC; Pós-graduado em Gestão Administrativa e Tributária – PUC/PR; Pós-Graduado em Gestão de Pessoas e Qualidade no Setor Público - SPEI; Pós-Graduado em Gestão Pública de Tecnologia da Informação – PUC/PR; Pós-Graduado em Gestão Pública – FAEL. É Auditor Tributário.

Segundo a sua percepção esta época de pandemia mundial é boa ou é ruim para a criação literária? Você se sente mais ou menos inspirado?

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Como já muitos poetas e escritores disseram, o poeta é como uma antena que capta as vibrações, os sentimentos e acontecimentos que estão à sua volta. Portanto, nesta época de pandemia penso que as pessoas estão mais recolhidas dentro de si. Mas a reclusão, o distanciamento, a dor, a tristeza, a saudade e as lembranças, também são fontes inesgotáveis para se poetizar. Desta forma, pra mim, a pandemia não alterou muito o meu estado de "inspiração”. Acredito, ainda, que muitos poetas e artista estão aproveitando este período de pandemia pra criar e aperfeiçoar suas artes e tão logo a vida volte ao normal, sem dúvida teremos muitos lançamentos de livros, exposições, saraus etc, frutos deste período quase que sabático.

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Quando iniciou o seu interesse pela Poesia?

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Desde criança eu sempre tive facilidade para escrever redações. Por diversas vezes ganhei o primeiro lugar em concursos realizados nos colégios onde estudei. Mas poesia mesmo comecei a escrever por volta dos 13 anos de idade. Lembro que sempre procurava nos jornais impressos os cadernos onde vinham algumas poesias e crônicas, quando eu gostava muito fazia recortes e guardava junto com os cadernos de poesias que começava a escrever naquela época.



"A minha poesia atual tem muito mais a ver com as obras de Helena Kolody, Paulo Leminski e Manuel de Barros, que se tornaram minhas referências.”

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Daniel Mauricio - Poeta


Sente na sua obra a influência de algum ou alguns poetas?

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No meu tempo de adolescência gostava muito de ler Alvares de Azevedo, Fagundes Varela. Mais tarde comecei a tomar gosto pelos versos de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Cecília Meireles. Depois fiquei fascinado com os poetas concretistas. Mas posso dizer que a minha poesia atual tem muito mais a ver com as obras de Helena Kolody, Paulo Leminski e Manuel de Barros, que se tornaram minhas referências.


Qual é a reação dos leitores? Eles curtem? Enviam sugestões?

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Eu gosto de postar pelo menos uma poesia nas redes socias todos os dias. E é muito interessante a reação dos leitores. Muitos curtem outros comentam que se identificaram com a poesia postada naquele dia, outros fazem elogios ou simplesmente aproveitam para dar um bom dia ou um boa noite. Fico sempre muito feliz com a receptividade e a releitura que cada um faz. Sugestão quase não recebo, mas recebo fotos, muitas vezes, que servem para ilustrar minhas postagens.



"Não gosto muito de interpretar ou declamar poesia. Prefiro escutar minhas poesias sendo interpretadas por outras pessoas. Costumo dizer que a maioria das minhas poesias são para serem lidas com os olhos.”

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Daniel Mauricio - Poeta



Daniel, você gosta de interpretar poemas? Como se sente declamando?

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Na verdade, não gosto muito de interpretar ou declamar poesia. Prefiro escutar minhas poesias sendo interpretadas por outras pessoas. Costumo dizer que a maioria das minhas poesias são para serem lidas com os olhos.


Você já publicou livros de poesia. Qual é o mais elogiado?


Já publiquei dois livros solo de poesias: Mosaico de Sentimentos e Cacos e Retalhos. Também já participei de vários livros em conjunto com outros poetas (antologias e coletâneas). O livro Cacos e Retalhos foi o mais elogiado, até o momento.


Muitos de seus poemas não tem título… pode esclarecer porque escolheu publicar poemas sem títulos. Você acha que o título é supérfluo?


Quando comecei a escrever, todos os meus poemas tinham título. Com o passar dos anos eu fui abolindo a colocação de títulos, porque acredito que ao colocar um título o poeta mais ou menos direciona a interpretação do poema. Portanto, gosto de deixar a poesia livre de "amarras” de modo que o leitor sentir e dar novas interpretações, conforme a ele chegou a mensagem do poema. Assim, o leitor também passa a ser um poeta.


Se você fosse obrigado a escolher um poema de sua autoria que represente o seu estilo, a sua voz poética, qual escolheria?


Bem difícil essa pergunta. Gosto de escrever poemas minimalistas e também no estilo ecfrástico (poemas escritos a partir de um desenho ou pintura).


Dentre tantos, acho que escolheria este poema:


Quiseram me podar


Não sabiam eles


Que eu era um bonsai.


E 2021 continua o problema da pandemia. Quais são os projetos para o segundo semestre?


Infelizmente ninguém imaginaria de que esta pandemia fosse durar tanto tempo. Se por um lado encontramos limitações, principalmente em relação ao convívio coletivo, aglomerações, etc. por outro lado, temos aprendido a dar maior valor às amizades e às pequenas coisas que muitas vezes nos passavam despercebidas. Para este segundo semestre pretendo fazer o lançamento de mais alguns livros de poesia. Este período de maior reclusão foi importante para que eu organizasse os vários poemas que estavam dispersos, em arquivos, os quais pretendo publicá-los em breve. Já está na Pedro & João Editores o livro de minha autoria "Gotas Poéticas”, que se continuarmos com as restrições será feito o lançamento virtual nos próximos dias.

Esssa entrevista foi realizada por Isabel Furini e publicada no jornal virtual Paraná Imprensa, em 10 de agosto/2021.


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