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Entrevista com o escritor e poeta Luciano Dídimo

18 mai 2019 às 15:48

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Luciano Dídimo Camurça Vieira nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 22 de fevereiro de 1971. É  poeta e escritor. Filho de Horácio Dídimo Pereira Barbosa Vieira e Maria Evendina Camurça Vieira. É casado com Ruth Leite Vieira desde 03 de julho de 1993, com quem tem cinco filhos. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará. Graduado em Direito pela UNIFOR - Universidade de Fortaleza. Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela UNIDERP. Servidor Público Federal no cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região. Diretor de Secretaria da 7ª Vara do Trabalho de Fortaleza. Membro da Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares. Membro da Academia Brasileira de Hagiologia (ABRHAGI) e da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia (AVIPAF).


Luciano Dídimo

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1. Quando começou a escrever?

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Meu contato com a literatura já se deu desde a minha infância. Sendo filho do professor, escritor e poeta Horácio Dídimo, falecido em 02/09/2018, nasci em meio aos livros de literatura e de espiritualidade. Ele foi o criador da disciplina de literatura infantil na UFC e portando comprava muitos livros infantis e revistas em quadrinhos para estudar os personagens. Eu criança, me aproveitava e lia tudo também. No Colégio Cearense, aos 10 anos de idade participei da coletânea dos Poetas Maristas. Aos 12 anos ganhei um concurso de contos promovido pelo Diário do Nordeste, e meu conto saiu na capa do suplemento infantil do jornal. Na adolescência e na juventude me afastei um pouco da literatura, só vindo a retornar depois de casado, quando retornei à prática da religião católica. Por isso as minhas poesias tem muito conteúdo de espiritualidade, especialmente ligadas ao Carmelo.
2. Quais autores influenciaram seu estilo literário?

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Sem dúvida alguma a grande influência foi do meu pai, o poeta, professor e escritor Horácio Dídimo, membro da Academia Cearense de Letras. Ele sim é o verdadeiro poeta, com doutorado em Literatura. Eu apenas "arranho" alguns versos, mas sem dúvida, inspirada em sua poesia sintética. Dizem que a poesia está no sangue!


3. Qual é o seu ritmo de trabalho? Você escreve um pouco todos os dias?

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A poesia não tem ritmo, ela surge naturalmente, pode ser em qualquer hora ou local. Ela vem e eu escrevo onde eu estiver, geralmente no celular ou no computador, pela facilidade.


4. Qual é o seu livro de cabeceira?

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Não tenho livro de cabeceira, tenho a literatura de cabeceira. Ela está sempre ao meu lado, junto com a espiritualidade.


Literatura sentada
Na cabeceira da mesa
Tem o seu lugar de honra
De destaque e gentileza

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Literatura ao lado
Na mesa de cabeceira
Está sempre com a gente
É leitura companheira


Literatura que jorra
Na cabeceira do rio
É nascente de cultura
Que enaltece nosso brio

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Literatura que sonha
Ignorância descama
Nossa cabeça na fronha
Na cabeceira da cama


(Trecho do poema "Literatura na Cabeceira", de Luciano Dídimo)

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5. Tem alguma técnica para construir os poemas? Inicia com uma ideia, com uma palavra, com uma imagem, etc?


Não tenho uma técnica propriamente dita. Às vezes vem a ideia de algum poema, e vou anotando os versos que me vem à cabeça. Depois, vou organizando. Alguns ficam prontos logo, outros vão sendo ajustados durante um longo período. E assim tenho muitos poemas ainda construção.




6. Na sua avaliação, quais são os pontos fortes de seus textos?


Tudo o que escrevo tento passar uma mensagem positiva de ânimo, de força e de fé!


7. Quais assuntos gosta de poetizar?


Gosto de escrever poesias de amor à minha esposa Ruth, advogada e professora universitária com quem sou casado há 25 anos e com quem tenho cinco filhos maravilhosos. Assim, também tenho várias poesias com temática familiar, mas também muitas com temática religiosa, em virtude de nossa fé católica, vivenciada na espiritualidade do Carmelo.


8. Já recebeu e-mail de seus leitores?


Nos tempos atuais, a interação com os leitores se dá mais através de postagens e comentários nas redes sociais.


9. Fale um pouco de sua trajetória literária.


Escrevia na infância, mas na adolescência e na juventude me afastei um pouco da literatura, só vindo a retornar depois de casado, quando retornei à prática da religião católica. A partir daí tive uma publicação em 2011 (O Meu Carmelo é Marrom). Ingressei na Academia Brasileira de Hagiologia em 2012 e em 2016 lancei o livro "A Rosa da Certeza". Eu escrevia, mas não me considerava poeta, nem tinha prentensão de sê-lo. Com o falecimento de meu pai em setembro de 2018, eu "saí do armário" e me assumi verdadeiramente como escritor e poeta, passando a frequentar e atuar no meio literário. Neste ano, recebi a Comenda "Amigo da Poesia" pelo Grupo Chocacho, ingressei na Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia (AVIPAF), ocupando a cadeira nº 31, cujo patrono é Horácio Dídimo. Também em 2019 organizei o livro "O Sol do Amor – Exercícios de Admiração para Horácio Didimo", lançado em março.


Assumindo a presidência do Instituto Horácio Dídimo de Arte, Cultura e Espiritualidade, fundado por nossa família, me deparei diante de um novo desafio no sentido de propagar a espiritualidade através da literatura a partir da vida e da obra deixada por Horácio Dídimo. Nesse sentido, foi organizada por mim uma coletânea de 100 poemas em homenagem a Nossa Senhora, intitulada "Maria, Mãe da Poesia", que será lançada em sarau no dia 25 de maio de 2019.


A MISSÃO LITERÁRIA


Escrever é a missão
De todo escritor
Retirar do coração
Seu amor ou desamor


Escrever é a missão
De todo poeta
Na sua inspiração
Ser um pouco profeta


Escrever como missão
É vestir o seu texto
De beleza e emoção


Espalhar sua visão
Através da criação
Pela comunicação


Luciano Dídimo



10. Têm projetos literários para o segundo semestre de 2019?

Para o segundo semestre deve vir uma nova publicação do Instituto Horácio Dídimo voltada para as crianças, no mês de outubro. Além disso estou finalizando dois livros de poemas "A Rosa Azul", voltado para o público adolescente, e "A Rosa Marrom", com poemas relacionados à espiritualidade carmelitana.


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