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Entrevista com a escritora Vanice Zimerman

29 out 2020 às 23:38

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Vanice Zimerman, nascida em Curitiba - PR (09/12/1962) Formada em Letras Português/ Inglês, Escritora e Artista Plástica. Com Poemas, Crônicas e Contos publicados em 93 livros. Participa de Coletâneas de Haicai, com Menções Honrosas no Brasil e na Croácia. Membro da AVIPAF (Cadeira 16 - Mario Quintana), Academia Poética Brasileira e da IWA.

Quando começou a escrever poesia?
Comecei a escrever poesias aos 13 anos de idade, mas a publicações em livros e participações em concursos aconteceu só a partir de 2007, quando iniciei a Faculdade de Letras.

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Fale dos autores que influenciaram o seu estilo.
Tenho admiração por muitos autores, no entanto os que mais me influenciaram e influenciam são: Helena Kolody, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Katherine Mansfield, Gabriela Mistral, Florbela Espanca; Machado de Assis, Guimarães Rosa, Mario Quintana, Carlos Drummond de Andrade e Rubem Braga.

Leia mais:

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Dia da Consciência Negra - Crônica de Flavio Madalosso Vieira Neto

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Amo Joanita (Crônica de Isabel Furini)

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Ontem ganhei o dia (Crônica de Marli Boldori)

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Banco de Primavera - por Vanice Zimerman


Que lugar ocupa a Poesia na sua vida?
A Poesia ocupa um lugar especial em minha vida está meu coração e alma é um encontro com leituras, reflexões, imagens e com a escrita.

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Fale sobre os seus melhores poemas. (Conte se são os mais antigos ou os mais novos, por que os considera os melhores: foram premiados? Um amigo elogiou esses poemas? Você os considera os melhores porque gosta deles?
Quanto aos meus melhores poemas escolhidos são recentes e fazem parte de um processo de aprendizagem, lapidação e desenvolvimento poético; gosto deles porque significam Renascimento em versos. Esses poemas não participaram de concursos, sendo assim não receberam premiações. Os temas abordados refletem cenas e sensações do cotidiano e também apresentam nuances surreais.


Qual é a sua expectativa quando publica um livro?
Ao publicar um livro espero que ele tenha uma boa divulgação e aceitação, no que se refere às vendas também, mas sempre separo alguns exemplares para a doação nas escolas e bibliotecas. Publicar um livro é poder segurar entre as mãos, um sonho...

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Tem algum ritual para escrever, como ouvir música, tomar um café ou algum outro?
Gosto de acordar cedo, abrir a janela da sala e olhar o jardim, sentir o aroma das flores, e tomar café, escutando o canto dos pássaros e depois fazer uma caminhada pelas ruas do bairro onde moro e tirar fotos. Escrever faz parte da minha rotina: escrevo poesias, principalmente, Haicai, mas também escrevo crônicas, minicontos. Quanto ao horário, escrevo a qualquer hora do dia, ou até de madrugada, depende do tempo disponível. Levo sempre comigo uma pequena agenda e anoto algo ou alguma imagem que me chamou a atenção.


Como é seu processo criativo? Para escrever um poema, por exemplo, você parte de uma palavra? De uma imagem? De uma vivência? De acontecimentos?
O meu processo de escrita tem muito há ver com a pintura das minhas telas, e de outros pintores, e nas fotos. Sinto uma sintonia das imagens presentes nas telas, ou nas mensagens do dia a dia contidas em folhas, gotas d’água, borboletas, joaninhas, louva-a-deus, flores, nuvens, penas, lambrequins, reflexos… E, assim escrevo em poesias essas sensações de cores, aromas, contornos, texturas, movimentos e imobilidade: sintonia entre luz e sombra. Muitas vezes, uma palavra e sua origem inspira a pesquisa, e a partir dessa ideia inicial a palavra se transforma, tendo vida e outros significados e flui de maneira natural. Gosto de olhar com atenção e curiosidade os detalhes, do dia a dia, respirando, sem pressa, a atmosfera que envolve cada imagem que se apresenta em telas, fotografias ou na observação dos meus sentimentos e ainda, das pessoas e acontecimentos.

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Na sua opinião a internet incentiva a leitura de livros ou prejudica?
A internet facilitou a divulgação dos lançamentos de livros impressos e online (Revista, E-book e sites Literários e de Museus), fazendo parte da vida de muitos leitores, diminuindo a distância entre as pessoas, aproximando cidades e países. Entretanto, é importante, principalmente, que as crianças tenham acesso aos livros impressos que possam sentir as texturas das páginas, fazer anotações, desenhos e ter contato com o encanto que ler e reler um livro proporciona. O ideal é um equilíbrio entre as leituras feitas na internet com os livros, jornais e revistas impressas, bem - vidas presenças ao alcance das mãos.


Você acha que o poeta nasce ou ele se faz?
O envolvimento, amor e dedicação à Poesia já nascem com o poeta, mas esse sentir poético pode ser despertado e desenvolvido com a leitura de poesias, observação da natureza e das cenas do dia a dia. A construção poética é um exercício constante de atenção e carinho com as letras.


Fale um pouco de seus planos para o próximo ano.
Quero participar da criação de um Centro de Artes, divulgando poetas e artistas plásticos e fazendo Oficinas de Artes (haicais e aquarelas em escolas). Penso em lançar um livro de poesias com ilustrações.


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