Esta crônica de terça - feira escrevi no domingo, após uma caminhada na pista da pracinha do bairro onde moro. A tarde despedia-se em cores suaves e no voo das pipas, enquanto observava as folhas caídas no caminho, tingindo de amarelo e tons terra, o chão áspero. Então encontrei uma linda e singela flor desenhada com giz azul - claro, no total teria sete pétalas, mas duas delas estavam apagadas...
Pensei no significado daquela imagem: uma flor, mesmo sendo traçada com giz alegrou meus olhar e pausa, inspirando - me poesias; na solidão da flor a sensação dos sonhos, talvez, de paz ou de esperança das misteriosas mãos que a desenharam.
Evitei pisar em suas breves pétalas, tirei uma foto, guardei o "clic” em meu coração. Na fragilidade do giz a força de uma atitude - poesia viva! Pode parecer curioso ou estranho, SE EU DISSER que pensei em voltar ao local no outro dia, logo cedo, e completar as pétalas que faltavam, e assim a flor permaneceria por mais tempo enfeitando o caminho de quem por ali passasse...
o vento desfaz
outonal imagem -
flor de giz...
Vanice Zimerman IWA