Cravaram-lhe uma coroa
Cravejada de espinhos,
Manchada com o seu sangue
Sob aplausos e risos de algozes.
Ele trouxe mensagens de esperança
Para um mundo povoado de hienas.
Os ferrolhos abriram o templo
Onde a hipocrisia asfixiava fariseus.
A caminho do Calvário
Ele se pôs a seguir.
A cada passo, um tombo,
Em cada tombo, uma mensagem,
Em cada chibatada, uma oferta de perdão.
Sua vinda iluminou mentes obtusas
Que antes se negavam a ouvi-lo,
Que mais tarde se negaram a escutá-lo.
Na cruz ele viu o mundo
E ofereceu-se em holocausto.
Seu último suspiro a humanidade
Ainda ousa não ouvir:
"Amai aos outros como a ti mesmo"
*Agamenon Troyan é o pseudônimo do poeta Carlos Robero de Souza.
Ele nasceu em Machado-MG, em 1964. É escritor e poeta, membro da Academia Machadense de Letras, editor de Fanzine Episódio Cultural e autor do livro "O Anjo e aTempestades", publicado em 2008.
Em 2006, compõe três letras gravadas pela banda finlandesa "Força Macabra". Em 2010, destaque do ano, recebeu o Troféu Carlos Drummond de Andrade"/Itabira-MG.