Na imensidão do universo
Viajo em eterna gangorra
Mudo o leme para o norte
Lá sou todas as borboletas
À busca de santuários
Sacrários de todo ser
Que sonha no alvorescer
O abraço de todo ente
Revela este relicário
Hóstia que se fará verbo
Nos jardins de flores belas
Onde pouso nos umbrais
Janelas d’almas de nobres
Que abrem as portas dos mundos
Não sei se humano agora
Ou borboleta qu’implora
Amor singelo e angelical
Sei do meu eu o amor recluso
Guardado em veludo e cetim
Pronto para ofertar-te
Com toda energia do meu ser
João Batista do Lago