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La Orth, boa no palco, monstra fora dele

31 dez 1969 às 21:33

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Ontem o colunista Reinaldo Bessa publicou nota sobre o péssimo comportamento de Marisa Orth nos bastidores de seu show Romance, que se apresentou aqui no Festival de Curitiba.

Ela deu uma de "diva" sem noção, fez pedidos absurdos no camarim, devolveu o vinho que havia requisitado, fez a pessoa da produção ir e voltar várias vezes pra resolver o pití dela.

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Bessa pegou leve no texto, porque eu sei - e vi de perto - que ela é desse tipo de pessoa que grita, humilha, destrata os que estão, assim, a serviço dela.

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Tempos atrás ela ficou hospedada com Murilo Benício no hotel Crowne Plaza, que eu, na época, assessorava junto com o também jornalista Fernando Oliveira. A dupla veio apresentar uma peça.

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E dá-lhe vexame de La Orth. (Vexame era o nome de um show, ou banda, que ela tinha anos atrás, e parece que ela incorporou o comportamento).


Gritou com funcionários do hotel, no lobby, na frente de todo mundo. Deu pití por telefone porque chegaram flores para o elenco, e o buquê dela não foi entregue antes dos outros (sim, porque o entregador passou primeiro no apartamento do Benício, que ficava na ordem, por andar).

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Fez cara de bunda o tempo todo, no hotel. Ah, mas assim que aparecia algum fotógrafo, dava um sorrisinho. O Benício foi outro que deu péssimo exemplo. Ficava batendo boca com a ex-mulher Giovanna Antonelli pelo celular, na frente das pessoas. E a cara de tédio/bunda dele conseguia ser pior do que da Orth.


Estão de mau humor? Brigaram com a cara-metade? Tão com dor de barriga? TPM? De mal com a vida? Melhor tomar um banho quente, pedir um chazinho, se fechar no quarto, escrever email desaforado pro ex - e segurar a onda!

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A dupla de atores com cara de quem comeu e não gostou


O staff do hotel ficou, assim, boquiaberto. Profissionais, todos se mantinham discretos e atendiam a dupla. Mas mal acreditavam no que viam.


Que gente, meu Deus. No palco, na tela, nas festas badaladas, fazem pose. Maior carão, sorrisos mil. E a Marisa, que é comediante? A gente pensa que ela é gente boa, engraçada. Mas desce do palco, onde dá show de talento, e vira esse monstro.

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Não entendo isso. Pra mim, tem um nome: falta de educação. Ou falta de respeito. Destratar funcionários, gente mais simples? Como assim? Vai aprender bons modos!


Em compensação, um mulherão como a Marilia Gabriela - admirável em todos os aspectos, porque inteligente, corajosa, dona de bela carreira, bonita ao seu jeito, com grande estilo e verve - chega no mesmo hotel e dá show de educação, bom humor, respeito.

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Acompanhei uma estadia dela no Crowne. É estrela, claro, e sabe prezar pela sua privacidade. Quando não estava disponível, não estava e pronto. Mas sabe também que é artista, pessoa pública. Reservou três horas de uma tarde para receber jornalistas, entre eles, duas estudantes da PUC gravando entrevista comprida - e ela tratou as meninas super bem, estimulando seguirem a carreira - e ainda, fãs que estavam no hotel. No maior bom astral e simplicidade.


Mulher classuda e de bem com a vida.

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PS - Será que esse povo se comporta assim porque estão fora do eixinho badalado Rio-SP? Que podem chegar em Curitiba como se aqui ninguém prestasse, e dar uma de estrela sem noção? Penso isso por causa de outra (triste) experiência que tive com estrelinha da Globo que passou temporada aqui.


Quem dividiu esse job de assessoria comigo, Moema Zucherelli, Diogo Cavazotti e Karin Villatore, devem lembrar. A tal moça tinha uns 250 pitís por dia. Um mais imbecil que o outro. Só falava com os "importantes" da história (importantes na cabecinha oca dela). Nem se dirigia aos demais.


Eu, Moema, Diogo e Karin tínhamos que lidar com duas criaturas saídas assim das catacumbas do inferno: o assessor de imprensa dela e a "empresária". Meu Pai do Céu, quanta ignorância, quanta prepotência. Tratavam-nos como lixo e se achavam os reis da cocada preta - mas faziam uma imbecilidade atrás da outra. Chupinhando na cara dura, entre outras coisas. Socorro! Ainda bem que acabou. Quero distância de gente assim.


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